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Portugal preparado para imigração ilegal

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Governo e SEF dizem que imigrantes que deram à costa são «caso isolado»

O ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, disse esta segunda-feira à Lusa que Portugal tem vindo a preparar-se para situações de imigração ilegal como aquela verificada segunda-feira, pela primeira vez, junto à costa portuguesa, embora ressalvando que este caso parece «fortuito», noticia a Lusa.

Na segunda-feira 23 pessoas de origem africana - 18 homens e cinco mulheres - foram localizadas ao final da manhã, próximo da ilha da Culatra, a bordo de um pequeno barco de madeira a motor, e posteriormente capturadas pelas autoridades portuguesas, naquele que constituiu o primeiro caso do género na costa portuguesa.

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«Portugal tem vindo a preparar-se para situações deste tipo, embora este caso pareça ter um carácter relativamente fortuito. Não seria o objectivo daqueles imigrantes dirigirem-se a Portugal», afirmou o ministro, em Bruxelas.

Lembrando que a questão do controlo das fronteiras é da competência do Ministério da Administração Interna, o ministro da Presidência comentou que «naturalmente que a resposta das autoridades tem que ser a resposta que a situação exige», ou seja, «trata-se de imigrantes ilegais que terão de ser tratados com humanidade, a que se seguirá certamente o processo de retorno ao país de origem».

Lembrando que a questão das migrações foi inscrita na agenda da Cimeira UE-África e da conferência da Europa com os países do Mediterrâneo, o ministro salientou que é necessária «uma abordagem global e não apenas a resposta pontual a uma situação concreta que se verifique».

SEF diz que é caso isolado

O director nacional do SEF refutou hoje que Portugal seja um alvo da imigração clandestina por mar devido à maior vigilância da costa espanhola, considerando que a detenção de 23 clandestinos, segunda-feira no Algarve, foi um «caso isolado e casual».

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«Todos os indícios apontam para que se tenha tratado de um caso isolado e casual. O destino das pessoas não era Portugal, mas por força das condições climatéricas - do próprio mar e vento -acabaram por chegar à costa portuguesa», disse Manuel Jarmela Palos.

De acordo com o responsável do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), este episódio «esporádico não pode levar a pensar que existe uma mudança de rotas ou que Portugal se tenha tornado no novo destino da imigração ilegal por via marítima».

«Basta ouvir as próprias pessoas em causa para verificar que nada disto está a acontecer», sublinhou, lembrando que «os imigrantes tiveram muita sorte em ter dado à costa portuguesa e não terem ido parar ao Oceano Atlântico».

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