A Comissão Municipal de Proteção Civil de Castro Daire acionou, ao final da tarde desta quarta-feira, o Plano Municipal de Emergência, devido a um incêndio que lavra desde as 11:40 e que ameaçou várias casas.
Segundo informações dada à agência Lusa pelo presidente da Câmara, Fernando Carneiro, e pelo adjunto de Operações Distrital de Viseu, Vasco Santos, durante a tarde, o dono de uma quinta e um bombeiro da corporação de Castro Daire sentiram-se mal.
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«O senhor vive um bocado afastado da aldeia, numa quinta. À casa não aconteceu nada, mas ardeu tudo à volta, incluindo dois palheiros, e o senhor ficou aflito por ver tudo a arder e precisou de assistência», contou Fernando Carneiro.
O autarca explicou que o homem, com cerca de 70 anos, a mulher e uma filha foram retirados de casa com a ajuda da Guarda Nacional Republicana (GNR). Também o bombeiro de Castro Daire apenas se «sentiu mal», referiu Vasco Santos.
Fernando Carneiro justificou a opção de acionar o Plano Municipal de Emergência com o facto de a situação ainda estar «muito grave». «Houve muitas casas em risco, ardeu uma serração de madeiras, que pertence a Ribolhos, e a outra serração o fogo chegou mesmo à porta, mas conseguimos que não entrasse», contou.
Na mesma localidade, ardeu um barracão onde estavam animais, que os donos não conseguiram retirar a tempo, acrescentou. Segundo Vasco Santos, houve ainda «parte de uma casa afetada, mas que não foi consumida pelas chamas».
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O adjunto de Operações Distrital disse à Lusa, cerca das 20:30, que o fogo mantinha «quatro frentes ativas a lavrarem em várias direções» e que havia vento bastante forte. «Tenho os meios dispostos no terreno e estamos à espera de alguns reforços exteriores ao distrito para render os nossos homens, que já começam a ficar cansados», referiu.
O responsável estima que os bombeiros tenham ainda «longas horas de combate pela frente».
O fogo teve início em Granja e, pouco depois das 21:00, estava a ser combatido por 147 operacionais.
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