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O incêndio que deflagrou na terça-feira nos concelhos de Tomar, Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinha foi “ muito violento e de propagação muito rápida”, mas a área ardida poderá não ser muito significativa, disse fonte da proteção civil.
Joaquim Chambel, Comandante Operacional de Agrupamento Distrital do Centro Sul, disse hoje à agência Lusa que o incêndio que teve início ao princípio da tarde de terça-feira em Portela, no concelho de Tomar, e se alastrou durante a tarde aos concelhos vizinhos de Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinha foi muito semelhante ao que se registou na mesma zona em 2005 “mas com uma propagação muito mais rápida”.
O comandante afirmou que está neste momento a ser feito o levantamento no terreno, para uma estimativa da área efetivamente ardida e dos eventuais estragos, havendo a indicação de que foram atingidos pelas chamas alguns barracões agrícolas e anexos, mas não habitações.
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A área efetivamente ardida “poderá não ser nada por aí além”, disse, adiantando que o incêndio progrediu “por saltos”, tendo sido caracterizado por uma propagação “muito rápida”, o que levou a uma “mobilização tremenda” de meios, com mais de 500 operacionais envolvidos no combate, auxiliados, em determinada altura, por sete meios aéreos.
Apesar de o incêndio estar em fase de resolução, permanecem no terreno 380 operacionais e 125 viaturas, ajudados por dois pelotões de militares, um helicóptero pesado e duas máquinas de rasto, uma delas do Exército, para operações de vigilância e combate a eventuais reacendimentos, depois de o incêndio ter sido dado como extinto durante a noite.
Entretanto, a presidente da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo saudou hoje o “trabalho notável dos homens e mulheres” que desde o princípio da tarde de terça-feira combateram o incêndio, evitando uma tragédia.
“A dada altura eu própria me assustei quando vi o fogo a tocar as habitações”, disse a autarca, sublinhando o facto de as poucas estruturas atingidas, essencialmente barracões agrícolas e casas abandonadas, não estarem em uso.
Durante o incêndio, sete pessoas (cinco bombeiros e dois civis) tiveram que ser assistidas devido a queimaduras ligeiras, inalação de fumos ou por ansiedade, tendo um dos bombeiros sofrido um traumatismo num braço.
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