Já fez LIKE no TVI Notícias?

Inverno chuvoso aumenta risco de fogos

Relacionados

Tempo «atípico» levou ao crescimento e à acumulação de vegetação

O Inverno chuvoso e rigoroso que se registou Portugal, alternando com altas temperaturas na Primavera, poderá aumentar o risco de incêndios florestais este Verão, segundo especialistas contactados pela Lusa.

Francisco Castro Rego, docente do Instituto Superior de Agronomia e investigador em incêndios florestais, alertou que as condições meteorológicas dos últimos meses foram «atípicas», com «muita humidade no Inverno», o que levou ao crescimento e à acumulação de vegetação. Estas condições, com as altas temperaturas de Verão, podem tornar-se complicadas.

PUB

O responsável revelou «preocupação» por a contratação de pessoal para os «postos de vigia» ser feita «muito em cima da hora» e existir a intenção de substituir a vigilância humana por «videovigilância».

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Duarte Caldeira, referiu que uma das preocupações para esta época de incêndios reside nos fatores meteorológicos, tanto mais que a floresta portuguesa «continua a apresentar elevados índices de desordenamento», o que, por si só, resulta no «crescimento exponencial do risco».

Apesar da evolução registada na estrutura de combate aos incêndios, designadamente do ponto de vista da primeira intervenção e da sua prontidão, Duarte Caldeira salientou que os próximos meses serão vividos com preocupação porque as condições meteorológicas - um Inverno rigoroso e um Verão previsivelmente quente - podem propiciar dificuldades acrescidas e inesperadas aos bombeiros.

O presidente da Associação de Técnicos de Segurança e Protecção Civil, Ricardo Ribeiro, alertou que as condições meteorológicas favoreceram a acumulação de mato, ramos e detritos orgânicos, o que, associado ao calor de verão e à falta de limpeza das florestas, aumenta o risco de incêndio.

PUB

O responsável enfatizou o papel decisivo que cabe às Câmaras Municipais na limpeza de matas e das florestas, bem como na criação de «meios de resposta» adequados.

O presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais, Abílio Curto, realçou que este ano houve uma situação climatérica «bastante irregular», quer quanto à chuva, quer em relação ao calor, o que origina que a «mata e a floresta prolifere e cresça», podendo esta vegetação ficar seca e perigosa nos meses de Junho, Julho e Agosto.

A Autoridade Nacional da Protecção Civil apresenta este sábado o dispositivo de combate a incêndios. Em Abril, o secretário de Estado da Proteção Civil, Vasco Franco, já anunciara que os meios disponíveis serão «mais ou menos idênticos» aos de 2009, uma vez que «funcionaram bem».

PUB

Relacionados

Últimas