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Professores «não vão ser prejudicados» se justificarem falta à prova

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Nuno Crato relembrou que «a prova se aplica a todos os professores»

O ministro da Educação, Nuno Crato, afirmou, esta terça-feira, em conferência de imprensa, os professores «não vão ser prejudicados» se justificarem falta à prova.

Segundo o ministro, os docentes que não fizeram a prova - quer na escola onde não houve «condições para a sua realização» quer por impedimento justificado - «não vão ser prejudicados» e «serão admitidos condicionalmente a concurso» até que o Júri Nacional de Exames analise todos os casos. Já sobre os professores que não fizeram a prova por opção, o ministro não fez qualquer comentário.

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«A prova aplica-se a todos os professores», relembrou Crato, acrescentando que «os resultados serão conhecidos a tempo da finalização do próximo concurso» e que «a prova é um ponto essencial do programa do governo» que permite avaliar a «qualidade dos professores» no ensino português.[ Veja aqui a prova.]

Questionado sobre se haveria lugar à marcação de nova data para os professores impedidos de realizar o exame no dia de hoje, ou se o processo ficaria definitivamente fechado com as provas feitas esta terça-feira, o ministro disse que esse é um assunto a estudar.

Garantido que «a prova [dos professores] realizou-se dentro de toda a legalidade», o ministro afirmou que «foi dado um passo muito importante para a dignificação do ensino». Desvalorizando os protestos dos docentes, Crato referiu «são incidentes com os quais a maioria dos professores não se identifica».

O ministro falou ainda sobre a «informação extremamente grave» de que a prova não iria ser realizada «porque poderia ter prejudicado os candidatos que poderiam ter decidido não comparecer à prova por considerarem verdadeira essa informação».

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«O Ministério da Educação, em todo este processo, atuou dentro do restrito respeito da lei, do restrito respeito dos prazos da lei. Suspendemos todo o exercício de preparação do processo para completar a prova quando houve, por parte dos tribunais, providências cautelares que a sustiveram. Aguardámos serenamente pelas resoluções dos tribunais superiores e quando os tribunais nos deram razão, nós preparámos o recomeço da prova», afirmou.

O MEC avançou esta terça-feira ao final do dia que apenas numa das 88 escolas onde deveria ter decorrido a PACC isso não aconteceu, com 1.325 professores contratados dos 4.120 inscritos a faltar à prova, um número que Crato disse que não sabia interpretar.

Também presente na conferência de imprensa, o secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário, João Grancho, questionado com dados adiantados pelos sindicatos e associações de professores, que apontam para mais escolas onde a prova não se terá realizado, disse que os números avançados pela tutela «são oficiais, mas naturalmente provisórios», ainda sujeitos a correções, não fazendo mais comentários sobre os dados dos sindicatos e professores.

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João Grancho sublinhou ainda que, do total de provas feitas, 95% foram dadas como válidas.

O ministro da Educação admitiu ainda que marcou a prova com apenas três dias úteis de antecedência para evitar eventuais greves marcadas pela Fenprof.

«Não queríamos de forma alguma arriscar pôr em causa a tranquilidade dos exames nacionais. Foi reiteradamente declarado pela Fenprof que, mal houvesse uma data, seria agendada uma greve. Não queríamos prejudicar os alunos do secundário», disse.

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