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Embaixada tranca rua lisboeta com cancelas

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Bloco de Esquerda considera inaceitável atitude da representação diplomática de Israel em Lisboa

Inaceitável e incompreensível foi como qualificaram estas segunda-feira alguns membros do Grupo Municipal do Bloco de Esquerda (BE) as cancelas colocadas pela embaixada de Israel, em Lisboa, que impedem a circulação automóvel em frente ao edifício, noticia a agência Lusa.

A visita promovida pelo Grupo Municipal do BE às imediações da embaixada, situada na Rua António Enes, foi realizada hoje com o intuito de "chamar à atenção para uma situação inaceitável para a cidade de Lisboa".

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«Nós respeitamos os motivos de segurança que poderão levar a embaixada a querer estas medidas, mas tal não pode ser realizado à custa da livre circulação das pessoas no espaço público», explicou à Lusa o líder da bancada do BE na Assembleia Municipal de Lisboa, Heitor de Sousa.

«Isto é uma via pública e os cidadãos não têm liberdade de circulação. É inaceitável e incompreensível», considerou.

Heitor de Sousa expressou ainda a sua perplexidade pela aprovação por parte da Câmara Municipal de Lisboa da instalação das cancelas quando «a maioria dos agrupamentos políticos com assento na Assembleia Municipal está contra esta situação».

Maria Virgínia Barbosa, arquitecta com um atelier instalado no mesmo prédio onde funciona a embaixada de Israel, afirma que os seus clientes já se começam a recusar a deslocar ao seu local de trabalho.

«Tenho clientes mais antigos que só me pedem para mudar de sítio. Cada vez que vem cá alguém fazem um interrogatório como se fossem terroristas. Tenho clientes tunisinos em Lisboa e tenho de me encontrar com eles num hotel», explicou.

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«Já tentámos falar com todos, mas nunca tivemos uma única resposta, nada. Os lojistas deixaram de vender até a Arca [loja contigua] vai fechar», disse Maria Virgínia Barbosa.

Segundo fonte da PSP, apenas o trânsito é proibido nas imediações e a captação de imagens da fachada do prédio sem um contexto.

«As pessoas podem circular e fazer a sua vida como quiserem e nós só intervimos caso seja detectada alguma actividade suspeita», explicou a mesma fonte.

As cancelas estão instaladas nesta rua há cerca de quatro meses, mas, segundo o líder municipal do BE, o projecto já estaria aprovado desde 2006.

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