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Um aborto a cada 27 segundos

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Nos 27 países da União Europeia é feito um aborto em cada 27 segundos o que representa um milhão e duzentos mil abortos anuais, segundo um estudo sobre a evolução da família na Europa em 2008, noticia a Lusa.

O documento, apresentado esta quarta-feira no Parlamento Europeu, foi elaborado pelo Instituto de Política Familiar (IPF), uma entidade civil que se define como independente, não vinculada às administrações públicas, partidos políticos ou organizações religiosas.

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Segundo o relatório - realizado por uma equipa multidisciplinar composta por psicólogos, demógrafos, sexólogos e peritos em conciliação entre trabalho e família -, a Europa é um continente velho, «imerso num Inverno demográfico» com a natalidade em crise.

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Pílula do dia seguinte menos usada

Os maiores de 65 anos já superaram em mais de seis milhões os jovens de 14 anos e cada vez nascem menos crianças (quase um milhão de nascimentos menos do que em 1980).

Dois terços dos lares sem crianças

Dois em cada três lares europeus não têm nenhuma criança e apenas 17 por cento têm dois ou mais filhos. De acordo com o relatório, Polónia, Roménia e Alemanha são os países da Europa dos 27 com um índice de natalidade mais crítico.

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Por outro lado, adianta, são praticados por ano mais de um milhão e 200 mil abortos «o que equivale a um aborto em cada 27 segundos».

Aborto «é a primeira causa de mortalidade»

«O aborto, juntamente com o cancro, é a primeira causa de mortalidade na Europa», refere o documento acrescentando que cada dia deixam de nascer na Europa 3.199 crianças.

Esta análise é criticada pelo Director Executivo da Associação portuguesa de Planeamento Familiar que em declarações à Lusa considerou «uma aberração científica classificar o aborto como uma causa de morte».

«Discurso ideológico»

«Isso é um discurso ideológico. Nunca vi nem nunca ouvi qualquer organismo a considerar o aborto como uma causa de mortalidade», disse Duarte Vilar, uma das caras do «Sim» no último referendo em Portugal sobre a despenalização do aborto.

Segundo Duarte Vilar, querer convencer os europeus que o aborto é uma das causas da baixa de natalidade europeia é o mesmo que dizer que a toma da pílula é responsável pela quebra de natalidade.

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«Não é por causa da despenalização que o aborto se pratica mais. Antes já se fazia mas em clandestinidade. Sempre se fez durante séculos», disse.

Por outro lado, Catarina Almeida, da Associação Juntos pela Vida (defensora do «Não» no referendo), disse à Lusa que o relatório constata uma conclusão para qual a associação tem vindo a chamar a atenção.

«É obvio que se forem criados quadros favoráveis para a prática do aborto e se este é um acto contra a família quem fica prejudicado é a família, onde nascem as crianças», disse.

De acordo com o relatório, devido ao aborto a Europa perde todos os anos o equivalente à soma da população de Malta e Luxemburgo ou da população da Eslovénia e do Chipre.

HB

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