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Casa Pia: «Estes jovens não foram abusados»

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Manuel Abrantes confirmou não saber o que fez em, pelo menos, nove sábados de 1999 - referidos na acusação - e nos quais terão ocorrido abusos

«Acredito que outros jovens tenham sido abusados, mas não estes», afirmou Manuel Abrantes ex-provedor-adjunto da Casa Pia, esta segunda-feira, à saída do tribunal, após ter falado, pela segunda vez, no âmbito deste processo. Da mesma forma que não acredita «nestas» vítimas, Manuel Abrantes considera que «os abusos sexuais ocorridos» também não foram «cometidos por estes homens», defendeu referindo aos restantes arguidos.

O ex-provedor-adjunto da Casa Pia, tentou esta segunda-feira esclarecer algumas questões que ficaram pendentes após a sua primeira audição, no início do julgamento. Recorde-se que, de todos os arguidos, apenas acederem falar em tribunal Carlos Cruz, Manuel Abrantes e Carlos Silvino. Mas o médico Ferreira Diniz já pediu também para ser ouvido, o que deverá acontecer no próximo dia 18 de Junho.

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«Se os outros arguidos não estavam, eu também não estava»

No seu depoimento em sede de julgamento, Manuel Abrantes reconheceu que não tem ideia do que fez ou onde estava em, pelo menos, nove sábados - referidos na acusação -, mas conseguiu identificar duas datas: a 13 de Fevereiro de 1999 terá ido ao cinema e no dia 3 de Julho, do mesmo ano, esteve no Monte da Caparica, num centro educativo da Casa Pia. No entanto, Manuel Abrantes alega que «se dois dos principais arguidos do processo não estavam (em Elvas), eu também não estava».

Já no exterior do tribunal, reconheceu haver elementos no processo que o levavam a acreditar que Carlos Silvino tinha estado em Elvas e, de forma quase enigmática, admitiu estar «convencido de que Elvas tem uma história, mas não é esta história. É um problema de factos, datas e protagonistas».

Silvino «nunca me insultou»

Manuel Abrantes tentou ainda explicar a sua relação com Carlos Silvino garantindo que este «nunca o insultou nem o mandou para parte nenhuma. O Silvino era como é, tema sua forma de ser e de falar», mas admite que algumas vezes «foi malcriado».

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Após a audição do ex-provedor-adjunto, o tribunal ouviu mais uma testemunha: o inspector da policia judiciária, Jorge Carvalho, da Secção de Tratamento e Análise Criminal. Um dos agentes responsáveis pelo tratamento dos registos telefónicos relativos ao mega-processo.

Perante as respostas do inspector da PJ, Ricardo Sá Fernandes acabou por apresentar um requerimento no final de sessão, a pedir que sejam entregues no tribunal - caso existam - todos os diagramas e análises das chamadas telefónicas doas arguidos realizadas antes do final de 2003. No processo apenas constam dados relativos a Novembro e Dezembro de 2003.

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