O juiz do processo Casa Pia Lopes Barata acusou esta quinta-feira os advogados de defesa de terem aberto «uma nova batalha jurídica» que pode adiar, mais uma vez, a leitura do acórdão, marcada agora para 3 de Setembro.
Casa Pia: advogado recusa acusações de atrasos
PUB
«Foi aberta uma nova batalha jurídica no processo [...]. Em cada audiência [os advogados] têm reiteradamente suscitado irregularidades e nulidades a que não assistimos em nenhum outro processo no país», afirmou Lopes Barata.
Em causa está o facto de os advogados dos arguidos terem invocado a ilegalidade da sessão e dizerem que leitura da sentença deve acontecer já na segunda-feira, sob pena de todo o julgamento poder ser declarado nulo.
No entender do juiz do colectivo, esta actuação «entra em contradição com a urgência não só dos sujeitos processuais, mas também do tribunal, em que seja proferida uma decisão final».
«O conhecimento que temos do que costuma acontecer sempre que são suscitados incidentes é que a marcha do processo sofre um atraso inexorável. Prevejo que é isso que vai acontecer com a referida batalha jurídica que se abriu na presente audiência», afirmou o juiz, adiantando acreditar que «não será possível à colega relatora do acórdão [a presidente do colectivo] proferir decisão dia 03 de Setembro».
O magistrado classificou ainda o processo de «mediana complexidade», lembrando que «não tem mais do que duzentas páginas de pronúncia». «Enough is enough», afirmou, citando a expressão que em português quer dizer algo como «já basta».
PUB