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Lisboetas com má nota na honestidade

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Jornalistas «perderam» 30 telemóveis. Só 15 foram devolvidos

Os lisboetas foram submetidos a um teste de honestidade e não se saíram nada bem. O teste foi realizado por várias revistas em 32 metrópoles mundiais, e em Portugal ficou a cargo da Readers Digest. As conclusões foram divulgadas pela edição desta quarta-feira do DN.

A armadilha era simples: vários telemóveis eram «estrategicamente» perdidos na cidade e os repórteres ficavam escondidos para avaliar as reacções dos que os encontravam, inclusive se faziam alguma chamada. Mal as pessoas pegavam nos telemóveis, os jornalistas ligavam e pediam-lhes para devolver o aparelho. Nalguns casos, os aparelhos foram desligados de imediato. Noutros, a pessoa chegou a marcar um encontro para a entrega, mas nunca apareceu.

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Mas também houve bons samaritanos. E muitas vezes pessoas aparentemente mais fáceis de tentar, como um desempregado de 44 anos que correu a devolver o telemóvel a uma repórter que o tinha deixado no banco de um centro comercial.

Porém, dos 30 telemóveis de média gama, abandonados em vários pontos da cidade, só 15 foram devolvidos. Uma «taxa de honestidade» de 50 por cento, bastante abaixo da média global, que se cotou nos 67 por cento.

Lisboa ficou num pouco honroso 28.º lugar. Pior só mesmo Amesterdão, Bucareste, Hong Kong e Kuala Lumpur. No extremo oposto, com cidadãos mais honestos, destacaram-se Liubiliana, Toronto e Seul.

Devoluções são muito raras

«São muito raras as situações em que as pessoas se dirigem às lojas para entregar telemóveis que tenham encontrado», disse ao DN fonte da TMN, operadora que conta com mais de 5,7 milhões de clientes activos. «O mais frequente é ficarem com os aparelhos», contou.

E a dificuldade em encontrar o proprietário não serve de desculpa. Mesmo que um telefonema para um dos números da a lista de contactos não resolva o problema, hoje em dia muitos clientes das operadoras, tanto nos serviços pós-pago como pré-pago, estão identificados: «Caso seja entregue um equipamento numa qualquer loja TMN, a própria TMN procede a uma pesquisa na base de dados dos seus clientes com vista à identificação do legítimo titular do equipamento. Uma vez identificado o proprietário, a TMN entra de seguida em contacto com ele».

Por outro lado, esta responsável confessou «não ser possível» calcular o número de pessoas que mensalmente pedem a desactivação dos seus telefones por perda ou roubo, porque o que é apurado é um saldo «final» em cada trimestre, com o balanço das contas criadas e extintas. «As desactivações são tratadas caso a caso, diariamente», explicou.

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