Segundo o «DN», 90 por cento do material de segurança para a cimeira da NATO, não chegou a tempo do encontro.
Segundo o porta-voz da PSP, Paulo Flor, em declarações ao «DN», apenas «o material de ordem pública e de segurança electrónica» foi entregue. Em falta ficaram os blindados, as 45 viaturas anti-motim, as viaturas destinadas a transporte de detidos, um canhão de água, uma viatura pesada e seis ligeiras para remoção de obstáculos, ou seja, 4,5 milhões de euros do total de cinco milhões da despesa anunciada.
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A realização da cimeira foi embandeirada como motivo para a compra urgente deste material, justificando a escusa de abertura de concurso público. Os cadernos de encargo da compra deste material são claros: «Procedimento NATO/ /2010», que é repetido nos nove documentos que definem as características do material.
No Parlamento o ministro Rui Pereira explicou a compra dizendo que a ameaça terrorista «aumentava» numa cimeira como a da NATO, mas, na sexta-feira, questionado sobre o atraso na chegada dos blindados, limitou-se a remeter explicações para a PSP.
Os deputados da oposição ouvidos pelo diário acusam o ministério da Administração Interna de «irresponsabilidade». O PCP exige a anulação do negócio. O PSD salienta ainda que o MAI «acabou por desvirtuar o ajuste directo, que até é enquadrado pelo Tratado de Lisboa para compras desta natureza. Podia tudo ter sido feito com calma, dentro da lei e chegado a tempo».
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