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«Não há habitações alternativas para os ciganos»

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Representante da autarquia no Fórum Português para a Prevenção e Segurança Urbana considera que a câmara não pode fazer mais nada pela comunidade cigana da Quinta da Fonte

O representante da Câmara de Loures no Fórum Português para a Prevenção e Segurança Urbana (FPPSU) disse hoje que a autarquia «não pode fazer mais nada» para promover o regresso das famílias ciganas ao Bairro da Quinta da Fonte, noticia a agência Lusa.

Questionado pelos jornalistas sobre o que falta fazer para os ciganos voltarem ao bairro, António Baldo endossou a pergunta à própria comunidade.

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«Terão que lhes perguntar, a câmara não pode fazer mais nada», disse, afirmando que a segurança é um problema policial e reiterando que a autarquia não vai disponibilizar habitações alternativas.

«Não há habitações alternativas para os ciganos. E não há, porque a câmara não tem, além de que ainda existem outras pessoas que delas necessitam», referiu.

António Baldo, que é chefe de gabinete na Câmara de Loures, representou hoje aquele município numa reunião da FPPSU realizada em Matosinhos.

O FPPSU Urbana tem como objectivo o levantamento, análise e estudo das situações urbanas em matéria de segurança, assim como a definição de estratégias de prevenção e actuação face aos actuais fenómenos da insegurança e violência urbanas.

O Fórum foi constituído precisamente em Loures a 01 de Setembro de 2005 e integra a rede do Fórum Europeu para a Segurança Urbana (FESU), uma organização não governamental criada em Barcelona, em 1987, sob a égide do Conselho da Europa.

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Nas suas declarações aos jornalistas, o responsável da autarquia de Loures disse que «está a ser pensado» o redesenho do bairro, mas não adiantou mais pormenores.

Sublinhou também a «forte» intervenção social da autarquia no Bairro da Quinta da Fonte e recordou que o Presidente da República teve ocasião de verificar recentemente, «in loco», os projectos «perfeitos para integração» que estão a ser desenvolvimentos.

Famílias ciganas que tinham decidido acampar no jardim fronteiro à Câmara de Loures, foram hoje expulsas pela polícia, mas regressar à Quinta da Fonte, alegando não terem condições de segurança e optando por acampar noutro local.

No passado dia 11, à tarde, meia centena de elementos das comunidades cigana e africana da Quinta da Fonte tinham-se envolvido em confrontos com utilização de armas de fogo, segundo a PSP, que indicou ter detido dois indivíduos e apreendido algumas armas de fogo e munições de calibre variado.

No dia anterior, uma rixa entre dois grupos do mesmo bairro tinha provocado nove feridos ligeiros e danos em várias viaturas.

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