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«Dentro» do desaparecimento de Maddie

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Antigo investigador da PJ vai escrever livro onde irá revelar factos e indícios do caso

O antigo investigador do «caso Maddie» Gonçalo Amaral vai editar um livro no Verão em que promete revelar factos e indícios recolhidos durante a investigação, que «viveu por dentro», ao desaparecimento da criança inglesa.

«O livro será a narrativa de uma história de alguém que viveu por dentro uma investigação, mas também de todos os factos que a rodeiam. Interpreta os factos e indícios recolhidos, não é uma opinião pessoal», afirmou à agência Lusa o advogado António Paulo Santos.

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Questionado sobre o lançamento do livro, o advogado afirmou que «ainda não tem data prevista» e que será feito «depois de ser levantado o segredo de justiça do processo [do desaparecimento de Madeleine McCann]», estimando que isso possa acontecer «durante o Verão».

«Verdade da Mentira»

O livro, cujo título poderá ser «Verdade da Mentira», terá mais de 200 páginas e é da «total responsabilidade de Gonçalo Amaral», explicou António Paulo Santos, que foi contratado para aconselhar o inspector sobre as tramitações processuais relacionadas com os direitos de autor.

A possível tradução do livro para a língua inglesa «é da responsabilidade da editora», acrescenta.

Afastado do caso

O ex-coordenador da Polícia Judiciária (PJ) de Portimão deixou de liderar as investigações a 2 de Outubro de 2007, tendo sido afastado do cargo de coordenador pelo director nacional da PJ, Alípio Ribeiro, depois de ter acusado a Polícia inglesa de favorecer o casal McCann.

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Recentemente apresentou o seu pedido de reforma da PJ, alegando, segundo o seu advogado, que «não tinha condições para continuar a ser polícia».

O inspector «foi atacado na sua honorabilidade por uma série de entidades, nomeadamente pela comunicação social inglesa, e a PJ tinha obrigação de proteger os seus funcionários e não o fez», acrescentou António Paulo Santos, que justifica o silêncio de Gonçalo Amaral com o «estatuto disciplinar que ainda é obrigado a cumprir».

Processos contra quem o «difamou»

Gonçalo Amaral vai ainda processar os órgãos de comunicação social que o «difamaram e injuriaram», confirmou à Lusa o seu advogado.

«Todas as pessoas que directa ou indirectamente o injuriaram, difamaram e puseram em causa a sua honorabilidade na comunicação social vão ser processados», garantiu António Paulo Santos.

O advogado dá como exemplo palavras «ofensivas» utilizadas pela comunicação social inglesa como «bêbado, mulherengo, seboso e torturador».

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Questionado sobre uma notícia publicada no jornal espanhol El Mundo em que se atribui a Gonçalo Amaral várias citações caracterizando a mãe de Madeleine McCann, Kate, como «fria, astuta, actriz», o advogado afirma que são «completamente mentira».

«Essas afirmações são completamente mentira. Gonçalo Amaral não disse nada ao jornalista. Parecem ser citações retiradas do livro sobre a Maddie escrito pelo antigo inspector da PJ Paulo Cristóvão», referiu.

PP

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