Naoul Malhi, 30 anos, viu uma menina loira com a cara ferida a ser levada por uma mulher marroquina. E quando olhou para os olhos da criança, viu a marca na íris idêntica à de Madeleine. Antes de conseguir lançar o alarme, a mulher fechou a criança num táxi e fugiu. «Olhei para os olhos da menina e tive a certeza de que era Madeleine. Não há engano naquela marca do olho», afirmou Naoul ao jornal Daily Mirror.
«O seu cabelo loiro estava mais curto, tinha uma grande ferida na sua cara e parecia muito infeliz. A mulher tinha cerca de 40 ou 50 anos, prendia a menina com muita força e não quis ter contacto visual comigo. Assim que percebeu reparei nos olhos da criança, começou a arrastar Madeleine e apanhou um táxi».
PUB
Naoul tentou chegar perto do táxi com a mulher e a criança, já que partilhar táxis é uma prática comum em Marrocos. «Eu corri para tentar entrar. Quis pará-la antes que levasse a criança dali».
Os detectives privados da agência Método 3 contratados pelos McCann estão a investigar a teoria que Madeleine foi raptada da Praia da Luz no dia 3 de Maio e depois conduzida para o porto espanhol de Tarifa, a 90 minutos dali. Acreditam que pode ter sido levada a bordo de um ferry numa viagem de 35 minutos para Tânger até ser transferida para o interior de Marrocos por um carro.
6 meses reforçam hipótese de morte
Faz amanhã 6 meses do último dia em que Madeleine foi vista na Praia da Luz. Este tempo de espera aumenta a hipótese de Madeleine estar morta; esta é, de resto, a linha de investigação que continua a ser seguida pela PJ, noticia o Diário de Notícias.
Carlos Anjos, presidente da Associação Sindical de Funcionários de Investigação Criminal declarou ao DN que o tempo não é o principal factor que afasta a hipótese de rapto de Maddie, mas que só vem confirmar a linha principal da investigação: «A linha principal que estamos a investigar é a morte da criança e, a partir daqui, não se coloca a questão de a encontrar. Se for encontrada, será cadáver, porque tudo o que foi concluído aponta para essa hipótese. A questão é saber o que é que aconteceu e como é que aconteceu».
Em 14 anos de investigação, apenas oito casos além do de Maddie ficaram por resolver. A PJ recebeu nos primeiros cinco meses deste ano 63 participações de desaparecimento de menores e o único por desvendar é o de Maddie.
PUB