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Estudantes atiram maçãs, ovos e bolos à polícia

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Alunos alegam que os agentes lançaram gás pimenta. Protestos com maior intensidade em Viseu, mas há várias acções a decorrer em todo o país

Estudantes do ensino básico e secundário manifestam-se, esta quinta-feira, contra as políticas do Ministério da Educação. Em Viseu, alguns dos cerca de dois milhares de participantes arremessaram maçãs, bolos e ovos contra a polícia, alguns dos quais atingiram também os jornalistas, diz a Lusa.

Os estudantes fecharam a cadeado as escolas secundárias Emídio Navarro, Alves Martins e Viriato. Segundo fonte policial, foi ainda fechada a cadeado a Escola EB 2,3 Infante D. Henrique.

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Bloco exige investigação a agressões da GNR a estudantes

Segundo Maria Isabel Quaresma, da Associação de Estudantes da Secundária Alves Martins, quando «a PSP de Viseu foi retirar os cadeados à Alves Martins, foi lançado gás pimenta». «Muitos alunos ficaram a tossir e tiveram de recuar», alegou.

Também Raquel Silva, aluna desta Secundária, refere que «foi atirado gás pimenta. O ar estava irrespirável. Senti uma impressão na garganta e os olhos a arder», sustentou.

O Comandante da polícia de Viseu, Vítor Rodrigues, desmentiu as acusações à TSF: «Não houve gás nenhum. Os agentes deslocaram-se ao local, um funcionário da escola Alves Martins abriu os portões, mas os alunos tentaram bloquear a entrada. Os agentes fizeram um cordão e foram afastando os alunos. Como houve alguma resistência, tiveram de haver alguns empurrões, mas não foram violentos e os alunos responderam com maçãs e bolos».

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Depois da manifestação no Rossio, os alunos seguiram para o Governo Civil, para entregar uma moção.

À entrada desta instituição, alguns alunos lançaram ovos contra os agentes da PSP. O presidente da Associação de Estudantes da Escola Secundária Alves Martins, Guilherme Almeida, aproveitou para «pedir desculpas pelos casos isolados que aconteceram e que as associações de estudantes não conseguiram controlar».

Porto, Coimbra, Almada...

No Porto decorreu uma manifestação com cerca de três dezenas de estudantes na Avenida dos Aliados e, em Coimbra, cerca de duas dezenas de estudantes da Escola Secundária Avelar Brotero manifestaram-se nas galerias do edifício frontal à escola, para se protegerem da chuva que se fazia sentir.

Em Almada, cerca 150 alunos do ensino básico e secundário concentraram-se na Praça da Liberdade para uma manifestação de dez minutos. Estiveram presentes alunos das escolas Anselmo Andrade, Emídio Navarro, Francisco Simões, Fernão Mendes Pinto, Romeu Correia, Prof. Rui Luís Gomes e Cacilhas Tejo.

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As portas desta última escola foram fechadas a cadeado durante a madrugada, uma situação que se manteve até às 08h30, quando foi retomada a normalidade, segundo fonte do conselho directivo.

Os estudantes gritaram palavras de ordem como «Exames nacionais não queremos nunca mais» e «Para o Sócrates piar fininho, só a luta é o caminho», tendo também exibido um cartaz em que se lia «Pela escola pública democrática, a luta continua».

Sintra e Nazaré

Em Sintra, os protestos centraram-se na Escola Secundária de Leal da Câmara, mas apenas nos intervalos das aulas, que não sofreram qualquer perturbação. Por iniciativa da associação de estudantes, foi ainda recolhido um abaixo-assinado, que conta com 10 mil assinaturas.

No distrito de Leiria, os protestos dos estudantes do ensino básico e secundário só se fazem ouvir na Nazaré, no Externato D.Fuas Roupinho, onde duas dezenas de alunos se concentraram à porta da escola, faltando às aulas.

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