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«Governo aprende, ensino não se vende»

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Estudantes de Coimbra manifestaram-se contra os cortes orçamentais na educação

Sete dezenas de estudantes manifestaram-se esta quarta-feira junto ao Governo Civil de Coimbra em protesto contra a política do Governo para o ensino superior, tendo também entregue uma carta aberta dirigida ao ministro Mariano Gago, informa a Lusa.

Ostentando faixas e entoando palavras de ordem com críticas à política e expressando as suas reivindicações, os estudantes mantiveram-se cerca de duas horas junto à representação do Governo no distrito, dando por encerrado o protesto quando uma delegação terminou uma reunião com o adjunto do Governador Civil, Paulo Valério.

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No final do encontro, Miguel Violante, um dos dinamizadores do protesto, disse que o representante do Governador Civil se comprometeu a endereçar ao titular da pasta do ensino superior a carta aberta com as reivindicações.

«Está a ser aplicada uma política contrária ao que deveria ser um ensino superior público e de qualidade», refere o documento endereçado ao Governo, em que se realça ainda que os cortes orçamentais para este grau de ensino se situaram nos 17 por cento em 2007, o que «aumentou a degradação do serviço prestado aos estudantes».

O apoio social aos estudantes - acrescentam - «sofreu uma redução de 58 por cento», que se tem reflectido na diminuição das bolsas de estudo e no fecho de cantinas, «o que só prova a desresponsabilização do Governo numa área tão importante», segundo o estudante Miguel Violante.

«Bolsas sim, empréstimos não. Este Governo não tem educação», «não, não, não à privatização», «Governo aprende, ensino não se vende», «ensino é um direito, com propinas nada feito» e «Acção, Acção Social não existe em Portugal» foram algumas das palavras de ordem entoadas pelos manifestantes.

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Em faixas que exibiam lia-se «Em Abril estudantes em luta» e «Estudantes em luta por um ensino superior de qualidade».

Durante o protesto os estudantes criticaram ainda a reforma no plano de estudos segundo o modelo de Bolonha, que «não trouxe mais qualidade», e o novo regime jurídico das instituições do ensino superior, que veio retirar representação dos estudantes nos órgãos de gestão das faculdades.

O grupo de estudantes que hoje se manifestou faz parte do projecto «U Unidos pela Gestão Democrática», uma lista que concorreu nas últimas eleições aos corpos gerentes da Associação Académica de Coimbra (AAC).

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