Depois de falar com todos os partidos, a Federação Nacional dos Professores (FENPROF) elaborou uma carta reivindicativa que espera poder entregar ao próximo Governo, no sentido de encontrar melhores soluções para os docentes.
A estrutura sindical considera, mesmo, que será possível influenciar o voto, até porque a intenção é evitar uma maioria absoluta. «Para nós, o mais importante nas próximas eleições não é se ganha o partido A ou o partido B: é de facto que não haja maioria absoluta», admitiu Mário Nogueira em conferência de imprensa.
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Na opinião do líder da Fenprof, «se a actual maioria não fosse absoluta, o modelo de avaliação [dos professores] tinha sido suspenso na Assembleia da República». «A maioria absoluta neste país significa prepotência, arrogância, ausência de negociação e imposição, por isso é necessário um quadro político que obrigue à negociação», frisou.
As propostas para o futuro são muito concretas, pelo que essa carta reivindicativa agora elaborada e que também será distribuída aos professores servirá como uma espécie de «cartilha para a negociação com o próximo Governo». «Não é só dizer-lhes que são importantes, mas desenvolver medidas concretas. E depois também umas palavritas de apoio, um miminho de vez em quando sabe bem», disse, realçando que «se há crítica a fazer a este Ministério da Educação é que esteve quatro anos e meio em permanente conflito com os professores».
«Não são palavras de última hora, com elogios a um mês das eleições, que vão fazer esquecer aos professores quatro anos e meio de medidas», concluiu.
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