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Relatório FMI: cortes podem «demolir sistema educativo», diz Fenprof

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Mário Nogueira antevê um «desastre total» com a concretização das medidas sugeridas pelo Fundo Monetário Internacional

O secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof), Mário Nogueira, afirmou esta quarta-feira que é «absolutamente impossível levar por diante as medidas propostas pelo FMI sem demolir o sistema educativo que temos».

«Se se concretizarem estas medidas vai ser um desastre absoluto e total. Nesse quadro, o ministro Nuno Crato não passará de uma mera figura de retórica, porque, na verdade, ele serve apenas para arranjar justificações para aquilo que não tem justificação que é, de facto, a destruição completa do sistema educativo que Portugal tem», sustentou.

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Mário Nogueira considerou ainda que a dispensa de 50 mil professores apontada, num relatório do FMI, como um dos caminhos para a reforma do Estado é «um disparate absoluto».

Para o sindicalista, isto «significa que, neste momento, já não há limites para a destruição, é arrasar, é deitar abaixo tudo aquilo que foi construído e que foi difícil».

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No entender do dirigente da FNE, «trata-se de retirar da Educação aquilo que se está a pagar aos bancos e tudo aquilo que é vigarice que neste país foi feito por muita gente que continua impune».

«Não são só as medidas em si, elas acrescem aos cortes já previstos no OE2013, que também já preveem uma forte redução de verbas na Educação, nomeadamente com a tomada de medidas que provocarão mais despedimentos, mais desemprego, mais mega-agrupamentos, ou seja, são medidas em cima de medidas, de uma violência completa», frisou.

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«Penso que o ministro Nuno Crato, se não tomar uma atitude de demarcar-se disto indo embora, vai ficar simplesmente a fazer a figura do palhaço pobre do circo em ruínas», acrescentou.

A dispensa de 50 mil professores, o aumento das taxas moderadoras e um corte em todas as pensões são algumas das medidas propostas pelo Fundo Monetário Internacional num relatório pedido pelo Governo sobre o corte nas funções do Estado.

No relatório, divulgado hoje pelo Jornal de Negócios, mas que tem data de dezembro, o FMI detalha medidas que «poderão aumentar a eficiência do Estado, reduzindo a sua dimensão de forma a suportar a saída da crise».

No documento, o FMI propõe «um corte permanente na despesa de quatro mil milhões de euros a partir de 2014, que poderá ser precedido de uma redução de 800 milhões já este ano».

Redução de funcionários e salários na Educação, Saúde e forças de segurança e cortes no Estado Social, que consideram iníquo, especialmente para os mais jovens, são algumas das áreas a que o FMI dá especial atenção.

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