O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) esclareceu esta sexta-feira que o homem suspeito de cometer o atentado à bomba em Marraquexe foi detido num controlo fronteiriço português e recambiado para o seu país de origem, onde foi entregue às autoridades marroquinas, escreve a Lusa.
Em comunicado, o SEF precisa que Adil El Attmani, foi «detido, no âmbito do controlo de fronteira, a tentar entrar em território nacional de forma clandestina, por via marítima, a bordo de uma embarcação que chegou ao Porto de Leixões».
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«Nos termos da legislação em vigor, o SEF concretizou a sua recusa de entrada em território nacional e executou o seu afastamento, sob escolta, no dia 5 de Agosto de 2004, para o país de origem, onde foi entregue às autoridades marroquinas», acrescenta.
O SEF sublinha que a ocorrência, à época, se caracterizou por ser uma «acção de imigração ilegal», não existindo referência a quaisquer mandados nacionais ou internacionais, à qual foi aplicado o procedimento determinado pela legislação em vigor.
Antes do comunicado do SEF, fonte policial disse à Lusa que, pela identidade fornecida às autoridades portuguesas, este não esteve preso em Portugal«Neste momento, pela identidade que foi fornecida, nada consta, nem esteve preso em Portugal», garantiu a fonte, dizendo, contudo, que havia que averiguar se tal suspeito do atentado contra o café Argana não esteve preso com outra identidade (falsa) ou se não foi simplesmente detido administrativamente, ao nível do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
«Estamos a diligenciar e a solicitar melhores elementos» para esclarecer o assunto, revelou a fonte, frisando que Portugal tem um acordo de cooperação quadripartido com Marrocos, Espanha e França para áreas como terrorismo, tráfico de estupefacientes e tráfico de pessoas, tendo representantes destes países estado reunidos em finais do ano passado em Sevilha, Espanha.
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