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Médicos da MAC apreensivos temem despedimentos

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Diretora interna do Serviço de Anestesia alega que a «estrutura montada» na MAC não cabe na Estefânia

Os médicos da Maternidade Alfredo da Costa estão «apreensivos» com o encerramento da unidade até ao final do ano, receando despedimentos e a transferência para locais distantes de trabalho, disse a diretora interna do Serviço de Anestesia.

«A apreensão para nós é o pior neste momento. Se isto nos tem sido dito, mas já organizado, planificado e com seguimento, os profissionais entendiam, mas tudo foi feito intempestivamente», adiantou à agência Lusa Ana Luísa Gonçalves.

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A médica contou que, na segunda-feira, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, visitou a Maternidade Alfredo da Costa (MAC) e «até ficou espantado com a unidade da Neonatologia e tudo o mais».

A surpresa foi que, 48 horas depois, os diretores da MAC foram informados que a maternidade encerrava até ao final do ano. «Dizem que vai fechar até ao final do ano, mas como? Em que moldes? Como vai acontecer?», questiona.

O Centro Hospitalar de Lisboa Central anunciou na quinta-feira que as equipas médicas da maternidade vão ser transferidas para o Hospital D. Estefânia, uma questão que está a preocupar os profissionais. «É completamente impossível colocar esta maternidade dentro da Estefânia, que não tem estrutura física nem logística para isso», disse a médica, alertando que as equipas multidisciplinares que «fizeram a excelência da MAC vão ser desmembradas, porque é incomportável naquele hospital».

Mas, frisou, «o que me preocupa mais do que o desmantelamento das equipas é o desemprego - porque não cabem lá 600 pessoas -, e a mobilidade».

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Sobre a possibilidade de ficarem alguns serviços na MAC, a médica disse que «já se ouve falar que a Medicina de Reprodução vai ter de ficar».

A especialista adiantou que esta situação obrigará à existência de uma estrutura montada na MAC: «Tem de ter médicos, cirurgiões, anestesistas, catering, segurança».

Por outro lado, terão de ser feitas algumas obras no Hospital D. Estefânia, o que «surpreende ainda mais» a médica. «Estamos numa altura de crise e estarmos a falar de obras quando já existe uma estrutura montada e feita não tem lógica nenhuma», justifica.

Acresce ainda que, «quem conhece a estrutura física da Estefânia, sabe que é de todo impossível comportar tudo o que está dentro da MAC».

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