O Sindicato dos Enfermeiros (SE) criticou esta segunda-feira o Governo por permitir que haja mais médicos do que enfermeiros nos centros de saúde, contrariando a proporção adoptada pela generalidade dos países da União Europeia (UE), escreve a Lusa.
«Nos países da UE há, em média, quatro enfermeiros por um médico. Em Portugal, os centros de saúde têm menos 400 enfermeiros do que médicos», salienta o SE, em comunicado, citando «números do Ministério da Saúde».
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Para o sindicato, «os portugueses estão a ser enganados e iludidos com modelos de prestação de cuidados que não resolvem os seus problemas», mas sim os agravam «lenta e progressivamente».
O SE considera que os centros de saúde se limitam a «um despesismo exorbitante na dita medicina defensiva, com excessivos gastos em medicação e exames de diagnóstico».
«Em contrapartida, faltam cuidados essenciais às comunidades, que são aqueles que os enfermeiros estão habilitados a prestar», realça o sindicato.
O SE defende a «máxima empregabilidade dos enfermeiros, pois só elevando significativamente a quantidade de enfermeiros no Serviço Nacional de Saúde se pode pensar em melhoria na prestação de cuidados de saúde».
«A proliferação de escolas de saúde na zona Norte que produzem enfermeiros excedentários deve-se a planos de privatização de serviços de saúde e/ou à abertura de novas unidades de assistência ligadas a seguradoras e a bancos», afirma também o sindicato.
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