Já fez LIKE no TVI Notícias?

Coração: especialistas defendem medicamentos gratuitos

A insuficiência cardíaca é considerada a «epidemia do século XXI» e atinge, muitas vezes, camadas socioeconómicas mais «frágeis»

Especialistas em cardiologia defendem que os medicamentos para a insuficiência cardíaca sejam gratuitos ou altamente comparticipados, já que é uma doença fatal que afecta mais de 260 mil portugueses.

«Sendo esta uma doença crónica que atinge uma percentagem grande da nossa população, os doentes deviam ter, tal como os diabéticos, a medicação para a sua doença crónica de forma gratuita ou muito comparticipada. Isto é um problema de saúde pública», afirmou à agência Lusa Cândida Fonseca, da Sociedade Portuguesa de Cardiologia.

PUB

De acordo com o único estudo nacional sobre a insuficiência cardíaca, esta patologia afecta globalmente 4,3 por cento da população portuguesa e «aumenta exponencialmente» a partir dos 60 anos, atingindo cerca de 13 por cento.

«A situação económica não é brilhante, mas a doença crónica tem de ser uma prioridade, e a insuficiência cardíaca faz parte dessas doenças crónicas, tão incapacitante e mais grave em termos de mortalidade do que outras, como a diabetes», sublinhou.

Este será um dos temas a debater esta sexta-feira, no XXI Congresso Português de Cardiologia, que reúne em Lisboa mais de 2000 participantes.

Cândida Fonseca, também Presidente da Comissão Organizadora do Congresso, lembra ainda que os doentes afectados pela insuficiência cardíaca são muitas vezes de grupos socioeconómicos frágeis, o que aumenta a necessidade de tornar a sua medicação gratuita. «É importante que isto seja entendido também pela tutela e que isto se torne realidade para estes doentes. Continuaremos a sensibilizar a tutela para todos estes aspectos», afirmou à Lusa.

Segundo a especialista, muitos dos novos medicamentos para a insuficiência cardíaca, «uma epidemia do século XXI», ainda não são comparticipados e o seu custo é elevado.

PUB

Últimas