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Metade dos taxistas contra Governo

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Executivo quer reduzir em um dia circulação de táxis

Os taxistas de Lisboa estão divididos em relação à medida governamental de reduzir para seis o número de dias de circulação dos táxis na cidade, incluída no Programa Nacional de Alterações Climáticas (PNAC) para este ano, avança a Agência Lusa.

O PNAC contempla uma série de medidas e políticas aplicáveis a diferentes sectores, como os transportes, a indústria ou a energia, estimando o seu impacto nas emissões esperadas em 2010.

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Segundo o Governo, a redução dos dias de serviço dos táxis para seis por semana poderá baixar as emissões em 3.900 toneladas de CO2, enquanto o aumento da frota destes veículos movidos a gás natural para mais 200 poderá poupar 200 toneladas de emissões.

A medida foi contestada pela Associação Nacional dos Transportadores em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), enquanto a Federação Portuguesa do Táxi (FPT) considera que a iniciativa poderá melhorar a produtividade do sector se a paragem for feita rotativamente.

«Parar todos os carros num só dia é absurdo e antieconómico, mas se 20 por cento da frota dos táxis (3.540 em Lisboa) parar diariamente, poderá permitir melhores resultados económicos e, ao mesmo tempo, contribui para melhorar o ambiente», disse à agência Lusa o presidente da Federação Portuguesa do Táxi, Carlos Ramos, que representa cerca de 700 taxistas em Lisboa.

«Totalmente contra» a medida está o presidente da ANTRAL, Florêncio Almeida, afirmando que «não há nenhum comércio que seja obrigado a fechar as portas».

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«Se a trabalhar sete dias por semana um táxi não tem rentabilidade, muito menos a trabalhar seis», afirmou o responsável, ao questionar porque não restringem a entrada de carros em Lisboa para reduzir a poluição.

Para o dirigente da associação ambientalista Quercus, Francisco Ferreira, esta medida é «completamente irrelevante» entre as dezenas que constam do Programa Nacional de Alterações Climáticas.

O ambientalista considera que seria muito mais importante resolver o problema da frota dos táxis, que está «antiquada» e causa problemas de poluição, realçando a importância de aumentar o número de veículos movido as gás natural.

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