O ministro da Justiça negou esta terça-feira a existência de contactos entre a Justiça portuguesa e inglesa no sentido de acelerar o processo de execução do mandado de detenção europeu emitido em nome de Vale e Azevedo, noticia a Lusa.
«É óbvio que não [contactei o meu homólogo inglês para dar celeridade ao processo]», disse o ministro da Justiça, Alberto Costa, a propósito do mandado de detenção europeu emitido para o ex-presidente do Benfica João Vale e Azevedo.
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O ministro falava aos jornalistas à margem da sessão de encerramento do Colóquio Internacional «O contributo das religiões para a paz», que decorreu segunda-feira e hoje, em Lisboa.
«Essas relações estão atribuídas na ordem jurídica portuguesa à Procuradoria-Geral da República [PGR)», acrescentou Alberto Costa, que disse também acreditar que a PGR «está a fazer tudo o que está ao seu alcance para ter êxito nesse domínio».
O ministro da Justiça recusava, deste modo, qualquer intervenção na execução do mandado de detenção europeu de Vale e Azevedo, tendo salientado que esta não é uma competência atribuída ao Ministério.
«O Ministério da Justiça tem as suas competências claramente definidas e essa não se encontra atribuída ao Ministério», afirmou, acrescentando que «não é desejável, sequer, que haja comentários ou incursões que representassem alguma espécie de interferência na autonomia [da PGR]».
O advogado britânico de Vale e Azevedo disse recentemente à Lusa que o ex-presidente do Benfica está em Londres com o conhecimento das autoridades portuguesas, aguardando actualmente resposta das mesmas a uma carta.
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