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O chefe de diplomacia comentou que, «até agora, felizmente, não há casos nenhuns em países lusófonos, mas há situações muitíssimo graves, designadamente na Serra Leoa, Guiné-Conacri e outros países africanos», e apontou que, na cimeira ASEM, tanto europeus como asiáticos concordaram com a necessidade de a comunidade internacional ser «generosa», de «realmente dar um apoio substancial aos países africanos onde o Ébola se tem manifestado», bem como «garantir a segurança de médicos e enfermeiros». Note-se que o fundo da ONU tem apenas 78 mil euros para o combate ao vírus, uma ninharia face aos 781 milhões de euros que as Nações Unidas admite serem necessários.
Questionado sobre se está prevista alguma ação no quadro da CPLP (Comunidades de Países de Língua Portuguesa), Rui Machete apontou que está agendada uma reunião da organização para o próximo dia 28, na Guiné-Bissau, e disse ser «natural que (a questão) venha à superfície», dado o risco real de o vírus atingir outros países.
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Hoje mesmo, o diretor-geral de Saúde, Francisco George, disse, à chegada a Bissau, que Portugal está disponível para enviar equipas médicas para a Guiné-Bissau para manter o país livre do vírus Ébola. «Se o governo guineense assim o requisitar, naturalmente que a resposta é positiva. É verdade [já há equipa pronta], mas depende sobretudo daquilo que as autoridades guineenses solicitarem», referiu Francisco George, que chegou na última madrugada a Bissau, acompanhado pelo presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), Paulo Campos.
O objetivo da visita é reforçar os laços de cooperação entre os dois países, sobretudo agora, com o vírus à porta. «Se apoiarmos os trabalhos de controlo de uma epidemia, os outros países ficam com menos risco», acrescentou Francisco George.
A Organização Mundial de Saúde teme um aumento expressivo do número de infeções pelo Ébola: podem subir dos atuais 1000 até a 10.000 novos casos por semana, até ao final do ano, na África Ocidental.
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