Já fez LIKE no TVI Notícias?

Pidá: testemunha diz que BMW não saiu na noite do crime

Relacionados

O veículo que foi identificado no local do homicídio terá sido emprestado por um stand

Um comerciante de automóveis tentou fragilizar um detalhe da prova contra o grupo de Bruno «Pidá», no caso do assassinato do segurança Ilídio Correia, ao garantir que um BMW alegadamente usado pelos atiradores estava então no seu stand.

«Juro-o pela vida dos meus três filhos», disse João Gonçalves, conhecido como o «Passa-Fome», dono de um stand da zona do Falcão, Porto, que supostamente seria o ponto de encontro do grupo de Pidá e que lhe cederia os carros para as suas actividades.

PUB

Em causa está um BMW 530, actualmente apreendido à ordem deste processo investigado pela equipa da «Noite Branca», e que, na versão de João Gonçalves, foi permutado por Pidá por um Mercedes A 170 CDI.

João Gonçalves admitiu conhecer todos os nove arguidos do processo ¿ cinco dos quais acusados de implicação directa na morte de Ilídio Correia ¿ mas garantiu que mantinha com eles uma relação comercial «normal» e rejeitou qualquer ligação a actos ilícitos imputados na acusação ao chamado «grupo da Ribeira».

Sem negar que pudesse emprestar carros aos arguidos, explicou que o fazia no âmbito da prática comercial corrente do seu stand e da sua oficina de oferecer carros de substituição, em casos de reparações.

Queixa de extorsão

Quanto ao «grupo de Miragaia», a que pertencia a vítima mortal, contou que teve que fechar o stand, depois de receber visitas intimidatórias dos irmãos Correia e amigos, pessoas que, disse, «nunca tinha visto».

Ter-lhe-ão exigido que chamasse Bruno «Pidá» ao stand e ter-lhe-ão exigido também um pagamento de 50 mil euros, por motivos que não quis detalhar, argumentando que este caso está em investigação, na sequência de uma queixa por extorsão que apresentou à polícia.

PUB

«Estavam a pensar que eu era traficante de droga para lhes dar dinheiro», sustentou apenas, num testemunho em que fez várias alusões a riscos de vida que estaria a correr. «Se aparecer morto amanhã, o mal é meu e da minha família», disse, a certa altura.

Quando questionado pela defesa de Pidá sobre as razões por que não pediu protecção policial, respondeu com uma pergunta: «Acha que devia ir ter com os clientes com os polícias atrás?!»

Hipótese de troca de tiros

Nesta sessão, uma inspectora da Polícia Judiciária (PJ) admitiu a eventualidade de uma troca de tiros na altura do homicídio de Ilídio Correia e relatou que no local foram encontrados invólucros de balas de vários calibres.

Ilídio Correia, segurança de 33 anos, foi morto a tiro na madrugada de 29 de Novembro de 2007, num dos casos com acusação deduzida pela equipa especial da procuradora Helena Fazenda, especialmente criada para investigar os crimes da noite do Porto em 2007.

PUB

Relacionados

Últimas