A Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal (ASFIC) da PJ exigiu hoje a realização de um inquérito à actuação dos elementos da Directoria do Porto que investigam a chamada «violência na noite do Porto».
«Este inquérito pode ser interno ou realizado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), pela Provedoria de Justiça ou por qualquer entidade oficial, podendo o mesmo ser público ou privado», diz a ASFIC em comunicado.
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Esta posição surge no seguimento de notícias que referem que elementos da Polícia Judiciária (PJ) «estariam a boicotar as investigações a cargo da equipa especial liderada pela procuradora Helena Fazenda, promovendo investigações paralelas sobre os mesmos factos (violência na noite do Porto), tentando com isso iludir os responsáveis pela investigação».
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Segundo a ASFIC, presidida por Carlos Anjos, os elementos da Directoria do Porto da PJ «são pessoas de uma seriedade inquestionável relativamente às quais foi cobarde e anonimamente lançado um anátema, que coloca claramente em causa o seu bom nome».
O comunicado da ASFIC foi divulgado no mesmo dia em que se soube que o director demissionário da PJ/Porto, Vítor Guimarães, e o subdirector, Artur Pereira, também demissionário, pediram um inquérito interno à sua actuação à frente daquela Directoria sobre o mesmo assunto.
A ASFIC considera que o inquérito ora pedido vai permitir apurar «a verdade e partir para a responsabilização de quem verdadeiramente não cumpriu as mais elementares regras e condutas inerentes a uma adequada e leal articulação entre diferentes entidades de investigação», ou seja, PJ e Ministério Público (MP).
A associação lembrou que, no último ano, a Directoria do Porto foi a que «melhores resultados obteve», nomeadamente no combate à criminalidade violenta, «o que, aliás, desmente de forma categórica as críticas injustas, no mínimo reveladoras de um ignorância insuportável, no limite insidiosas, de certas personalidades políticas».
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