A Associação Nacional de Professores de Português (Anproport) denuncia a existência de falhas graves na correção dos exames de português do 12º ano. A notícia é avançada pelo jornal Público.
Num parecer enviado ao jornal, a Anproport avança que a classificação dos exames "não garante com rigor, a equidade entre os alunos". Diz mesmo que respostas semelhantes foram classificadas com critérios diferentes.
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Outra das denúncias dos docentes está relacionada com o facto de nem todos os professores, que avaliaram as provas, terem tido acesso às mesmas informações. O que na opinião da Anproport potencia a desigualdade entre os alunos.
O jornal Público questionou o Instituto de Avaliação Educativa (IAVE) sobre as acusações, mas recebeu como resposta a garantia de que não houve problemas com os seus classificadores dos exames. No entanto, o IAVE não exclui a existência de alguns problemas “de comunicação”.
Além dos classificadores indicados pelo IAVE, é quase sempre necessário envolver mais docentes nas avaliações e “estes são indicados pelo Júri Nacional de Exames”, esclarece do instituto ao Público.
Já o Ministério da Educação (MEC) garantiu não ter havido distinção entre os professores indicados pelo IAVE ou pelas escolas. Acrescentando que “O processo de comunicação de instruções aos classificadores é da responsabilidade do Iave. O MEC não distingue classificadores, que são indicados pelas escolas. Todos recebem as mesmas orientações para a classificação”.
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No entanto, a bolsa de professores classificadores constituída em 2010 foi reforçada este ano e vários docentes não tiveram formação para aplicar os critérios do IAVE.
Recorde-se que a média dos exames de português foi de 11 valores. Quem não estiver satisfeito com a nota pode pedir até esta quarta-feira a consulta da prova.
Para elaborar o parecer a associação de professores de português contou com a colaboração de docentes classificadores. Por várias vezes sentiram necessidade de colocar dúvidas e nem sempre receberam respostas clarificadoras.
A Associação Nacional de Professores de Português aconselha mesmo, em declarações à TVI, os alunos a pedirem a revisão da prova.
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