O ministro da Educação anunciou hoje o arranque das obras de requalificação do Conservatório Nacional de Lisboa avaliadas em sete milhões de euros e que deverão começar no próximo ano.
Depois de uma visita ao degradado edifício situado no Bairro Alto, o ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, revelou que “em outubro ou novembro” deverá ser lançado um concurso internacional para escolher quem irá realizar as obras de recuperação que deverão começar no próximo ano.
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Com eleições legislativas marcadas para 4 de outubro, as obras vão ficar a cargo do próximo Governo que receberá um projeto que ronda os sete milhões de euros.
“A primeira estimativa geral feita pela Parque Escolar é de cerca de sete milhões de euros, porque se trata de um edifício antigo e uma traça que tem de ser preservada. Há um salão nobre que tem de ser preservado. Há um conjunto de intervenções que são caras, mas são necessárias”, sublinhou Nuno Crato.
“A Parque Escolar elaborou um programa de trabalhos que está a ser discutido com a Escola de Dança e que já foi discutido com a Escola de Música”, resumiu Nuno Crato, explicando que a ideia será reestruturar o espaço de forma a conseguir que as duas escolas continuem a ocupar o mesmo edifício mas passem a estar fisicamente separadas.
Já o subdiretor da Escola de Dança, Pedro Mateus, considera que o projeto existente neste momento “não é o ideal, mas é o possível”: “Idealmente, gostaríamos de ter um espaço só para nós, mas reconhecemos e aceitamos que tenha que ser partilhado”.
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Quando as partes chegarem a acordo, será lançado o concurso internacional - “de preferência em outubro ou novembro” - e as obras poderão começar mal seja escolhida uma proposta, sublinhou Nuno Crato, lembrando que tal “será sempre em 2016”.
Nuno Crato recusou qualquer ligação do anúncio das obras com a aproximação das eleições, lembrando que “o edifício há décadas que precisa de ser reabilitado” e que este processo foi iniciado há alguns meses: “Desde março que tomámos a decisão de fazer estas intervenções de fundo do Conservatório e não parámos”.
A degradação do edifício levou a manifestações consecutivas para chamar a atenção para os problemas do Conservatório Nacional de Lisboa e para o perigo em que estudavam alunos e trabalhavam professores.
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