A obesidade deve ser combatida «sem piedade». Quem o afirma é o presidente da Sociedade Portuguesa para o estudo da Obesidade, Alberto Galvão-Teles, que esta quarta-feira defendeu uma coligação de esforços que junte os hospitais, os médicos, as universidades, o Governo e a Direcção-Geral de Saúde.
O especialista falava à agência Lusa a propósito do 13º Congresso Português da Obesidade, que decorre a partir de quinta-feira em Vilamoura, no Algarve, sob o tema «Obesidade: várias faces, um objectivo».
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Os maus hábitos alimentares, o sedentarismo, o stress e a ansiedade são as principais causas da prevalência da obesidade. O número de obesos tem aumentado de ano para ano, em todos os graus, e cada vez mais crianças e adolescentes estão entre os afectados.
De acordo com dados da Sociedade Portuguesa para o estudo da Obesidade, citados pela Lusa, 54% dos adultos em Portugal têm excesso de peso (pré-obesidade e obesidade) e 15% são obesos. Sendo que 30% das crianças são pré-obesas e obesas.
«Obviamente, alguma coisa tem de ser feita», defendeu Miguel Galvão-Teles. «Se assim não for, dentro de uma década haverá em Portugal muito mais obesos», alertou.
Para Miguel Galvão-Teles, a obesidade é «um dos grandes flagelos do século XXI, provavelmente o maior flagelo, uma vez que se pode dizer que é mãe de muitas outras doenças».
O especialista salientou que a obesidade é grave por si só, mas, como se não bastasse, está associada a diabetes tipo II, colesterol, apneia do sono e hipertensão. Estas doenças, por sua vez, estão na origem de doença cardíaca e doença vascular, e consequentemente de morte súbita e morte precoce.
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