Já fez LIKE no TVI Notícias?

Seis elementos dos No Name Boys aguardam julgamento em prisão domiciliária

Arguidos são suspeitos de vários crimes, entre os quais um de homicídio na forma tentada

Os seis detidos na 'Operação Sem Rosto' da PSP, realizada em junho e que visou vários crimes relacionados com a claque No Name Boys, apoiante do Benfica, vão passar para prisão domiciliária.

De acordo com o despacho desta quarta-feira da Juíza de Instrução Criminal do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa Anabela Rocha, a que a Lusa teve acesso, os seis arguidos, com idades entre os 23 e 33 anos, indiciados por um crime de homicídio na forma tentada, dois crimes de roubo, vários crimes de agressão e situações de dano e de furto, deixam de estar em prisão preventiva, a medida de coação mais gravosa, para estarem em "permanência na habitação, sujeita a vigilância eletrónica".

PUB

Esta decisão foi tomada "tendo em conta o teor dos relatórios da Direção-Geral dos Serviços de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP)" e "o despacho do primeiro interrogatório", que já previa esta possibilidade.

A 'Operação Sem Rosto' decorreu no dia 25 de junho, na Área Metropolitana de Lisboa, e levou ao cumprimento de mandados de busca domiciliária e de detenção, com origem numa investigação a elementos da claque do Benfica No Name Boys, suspeitos de crimes praticados por este grupo de adeptos.

Nesse dia, em conferência de imprensa, o comissário da PSP Bruno Pereira explicou que a ‘Operação Sem Rosto’ teve início em maio de 2019, incidindo sobre duas linhas de investigação: uma a “factos cometidos em estádios de futebol”, como “agressões a agentes e adeptos de outros clubes portugueses e estrangeiros”, e outra sobre “ações planeadas com reconhecimento prévio junto de moradas, viaturas e rotinas”, que permitiriam aos suspeitos “orquestrar ataques a adeptos rivais” em locais com maior probabilidade de sucesso.

PUB

A agressão a dois adeptos da Juventude Leonina na zona do Lumiar, em Lisboa, em maio último, está também “indiciada relativamente a estes factos”, confirmou o comissário Bruno Pereira.

Havia ações claramente planeadas, orquestradas e é bem indicativo disso mesmo o facto de serem encontrados manuscritos com elementos de identificação e informações relacionados com jornalistas, pessoas com cargos de direção em clubes, comentadores de televisão, claramente demonstrativo daquilo que eram os impulsos que moviam estas ações e grau de planeamento prévio, que foge ao que é uma mera reação de oportunidade ou estímulo”, sublinhou este oficial da polícia.

Os factos sob investigação reportam-se a “claramente mais de duas dezenas de vítimas” e o comissário não descartou a hipótese de virem a ocorrer mais detenções.

Todas as buscas foram realizadas na Área Metropolitana de Lisboa, nos concelhos de Lisboa, Amadora, Loures e Vila Franca de Xira.

Os No Name Boys são um grupo organizado de adeptos com ligação ao Benfica, mas não reconhecido de forma oficial pelo clube da Luz, enquanto a Juventude Leonina é uma claque oficial do Sporting, à qual foi retirado o apoio, esta época, pela direção do clube de Alvalade.

Em maio, um homem alegadamente pertencente à Juventude Leonina foi agredido, na zona do Lumiar, por um grupo de mais de 30 indivíduos com camisolas dos No Name Boys.

PUB

Últimas