O presidente da Câmara de Alcochete considerou que a instalação do novo aeroporto na zona do Campo de Tiro, defendida no estudo da CIP hoje apresentado, é «um processo irreversível» que só não acontecerá devido à «obstinação» do Governo.
«Com respeito pelos meus colegas do Oeste, considero que este é um processo irreversível e que vai levar a uma tomada de decisão política, só a obstinação do governo pode levar à não adopção da solução Campo de Tiro de Alcochete», afirmou o autarca, Luís Franco (CDU), à agência Lusa.
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A segunda fase do estudo encomendado pela Confederação da Indútrsia Portuguesa (CIP), hoje apresentada, aponta Alcochete para a localização do novo aeroporto de Lisboa.
Luís Franco defendeu que a solução Alcochete é mais vantajosa em todas as vertentes, referindo que nas questões ambientais, os impactos serão menores.
«Sempre defendi que o novo aeroporto devia responder a três princípios: o interesse nacional, estar integrado numa rede de boas acessibilidades e ser construído em terrenos públicos. Até nos desalojamentos e nas expropriações, o impacto é menor», sustentou.
O autarca salientou os três mil milhões de euros que os cofres do Estado poupariam e lembrou que foi uma tomada de posição da Associação de Municípios da Região de Setúbal que trouxe para a ordem do dia uma possível nova localização para o aeroporto internacional de Lisboa.
«A associação de municípios, depois das declarações infelizes do ministro Mário Lino [que comparou a Margem Sul a um deserto], lembrou que deviam ser estudadas outras hipóteses para receber o aeroporto e estou certo se não fosse esta atitude o governo já tinha avançado com a solução Ota», disse.
Luís Franco elogiou o rigor científico e a qualidade dos técnicos envolvidos no estudo da CIP, que confirmou a expectativa que tinha sobre as vantagens do campo de tiro de Alcochete.
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