A reposição do troço do passadiço do Paiva, que na segunda-feira foi destruído por um incêndio, custará 130.000 euros e a Câmara de Arouca vai aproveitar para lançar um sistema online de controlo à estrutura, anunciou hoje a autarquia.
Um incêndio florestal destruiu uma secção do passadiço de cerca de 600 metros, entre as praias fluviais do Vau e a de Espiunca, junto à ribeira de Canelas. O passadiço tem, atualmente, um total de cerca de oito quilómetros.
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"Vamos rapidamente desenvolver os procedimentos para reabilitar a estrutura, o que deverá custar cerca de 130.000 euros", revelou à Lusa o presidente da Câmara de Arouca, José Artur Neves. "A empresa que ganhou o concurso público para construir o passadiço apresentou preços unitários e vamos tentar fazer um ajuste direto com base nesses valores".
Prevendo que o passadiço permaneça encerrado ao público durante mês e meio, o autarca informa que, nesse período, avançará então para "a implementação do controlo prévio das entradas no percurso, como já estava previsto fazer-se".
A ideia é que cada visitante selecione numa plataforma online o dia em que pretende percorrer o passadiço de oito quilómetros sobre o rio Paiva, para "evitar incógnitas" quanto ao número real de utentes que se encontrem em simultâneo no percurso.
"Já cá tivemos 10.000 pessoas ao mesmo tempo, o que não é sustentável em termos de estacionamento, hotelaria e capacidade dos restaurantes, onde chega a esgotar-se a carne. Com a nova plataforma, as pessoas indicam em que dia querem vir ao Paiva, fazem a inscrição e, com um código de barras no telemóvel ou outro mecanismo eletrónico assim simples, passam com ele nos controlos que vamos instalar em cada entrada, para assim validarem o acesso"
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Entretanto, os serviços da Câmara vão também acompanhar a evolução do coberto florestal e da galeria ripícola das encostas do Paiva, na tentativa de garantir a reflorestação das áreas consumidas pelo fogo e controlar o resvalamento de pedras.
"Queremos esperar por uma ou duas das grandes chuvadas, porque, depois de o fogo ter limpado a zona, as pedras podem soltar-se e resvalar para o passadiço, e queremos minimizar esse risco"
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