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Bispos portugueses distantes do «povo de Deus»

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Movimento Católico Internacional «Nós Somos Igreja» considera que mensagem do Papa também deveria visar o próprio Vaticano

O Movimento Católico Internacional «Nós Somos Igreja» considera que a mensagem de Bento XVI aos bispos portugueses indica que estes estão distantes «do povo de Deus», mas peca por não reconhecer que também é co-responsável pela situação.

«Ao que parece até o Papa Bento XVI percebeu que os bispos portugueses vivem distantes do Povo de Deus, posição que surpreende, pois vem na linha da sua própria actuação perante esse mesmo Povo», lê-se numa posição oficial colocada no site do movimento.

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No seu discurso final aos bispos, que marcou o encerramento da visita «Ad Limina» da hierarquia católica portuguesa ao Vaticano, no domingo, Bento XVI defendeu um novo estilo de organização da Igreja em Portugal.

«É preciso mudar o estilo de organização da comunidade eclesial portuguesa e a mentalidade dos seus membros para se ter uma Igreja ao ritmo do Concílio Vaticano II, na qual esteja bem estabelecida a função do clero e do laicado», afirmou o Papa.

Bento XVI considerou que este novo modelo eclesial é a «rota certa a seguir», mas sem valorizar em demasia as questões organizativas da própria Igreja.

O Movimento Católico Internacional «Nós Somos Igreja», em Portugal desde 1997, pretende reflectir acerca de reformas na Igreja sobretudo a nível de organização e modo de funcionamento.

Segundo este grupo, embora co-responsável pela situação, o Papa «terá compreendido que estes bispos vivem distantes do Povo de Deus, não os/as escutam, têm medo da inovação, em resumo, temem os desafios de Jesus».

Em declarações à Agência Lusa, uma das responsáveis do movimento em Portugal, Maria Sande Lemos, referiu que a mensagem do Papa é clara, chamando a atenção dos bispos para o seu distanciamento evidente que se tem reflectido na diminuição do número de fiéis.

Contudo, Maria Sande Lemos, adianta que Bento XVI não pode esquecer que tudo isto é também o reflexo da «vaticanização» da igreja católica. «O poder está centralizado no Vaticano e os bispos obedecem ao Papa», disse, adiantando que estes deveriam ter a coragem de ouvir os diocesanos.

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