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Só fé impede que Cruz de Cristo seja «escândalo»

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Para D. José Policarpo morte de Cristo é «loucura de amor de Deus pelo mundo que criou»

O Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, considerou esta sexta-feira que só a fé impede que, para os cristãos, a morte de Cristo na cruz seja vista como «um escândalo», mas antes seja encarada como «uma loucura do amor de Deus pelo mundo que criou», informa a Lusa.

«Só de joelhos, na humildade da nossa fé, podemos contemplar a Cruz de Cristo e impedir que ela não seja para nós um escândalo, algo de tão violento e incompreensível que nos leve a duvidar da bondade e da justiça de Deus», disse D. José da Cruz Policarpo na homilia da Paixão do Senhor, na tarde desta sexta-feira na Sé Patriarcal.

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Segundo o Cardeal Patriarca, a morte de Cristo pela crucificação foi uma forma de Deus «vencer o mal na sua raiz».

«No Calvário, Deus, para amar o mundo, não deixa de amar o Seu Filho, que na Sua humanidade, assumiu todo o mal do mundo. Na Cruz, o amor entre o Pai e o Filho é o mesmo amor eterno que criou o mundo, porque só assim o pode recriar», afirmou D. José Policarpo perante os fiéis presentes na Sé de Lisboa.

De acordo com o prelado, «amar no sofrimento e na obediência é a atitude nova que a morte de Cristo lega à humanidade, caminho para a redenção do sofrimento inevitável».

«A Cruz é um acto de amor de Deus Pai pela humanidade que criou. É um acto de amor de Jesus por Deus, Seu pai, concretizado na obediência à vontade divina», acrescentou, questionando: «Mas porquê a morte? Porquê ir tão longe?».

A resposta, para D. José Policarpo, está no facto de se tratar de uma forma «de vencer radicalmente o mal e exorcizar a morte, inserindo-a no dinamismo da vida e da esperança».

«Ligado à experiência da morte está a realidade do sofrimento humano, universal e inevitável, vivido como experiência de morte», disse o Cardeal Patriarca, para quem «exorcizar a morte é também mudar radicalmente o sentido do sofrimento, o que só é possível redimindo o pecado».

«A morte de Cristo como expressão do amor eterno restitui ao sofrimento humano a possibilidade de ser expressão do amor», afirmou ainda o Bispo responsável pelo Patriarcado, exortando os cristãos a, ao contemplarem a Cruz, descobrirem «o mistério e a missão da Igreja de ser, no mundo, fermento de Redenção».

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