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Cante alentejano: Passos expressa «sentimento de orgulho»

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É «a devida homenagem à grande comunidade do cante alentejano», especialmente aos seus intérpretes, «que o elevaram a uma arte vibrante e plenamente consagrada», diz PM

A distinção foi aprovada hoje de manhã, pelo Comité Intergovernamental da UNESCO para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial da Humanidade, que está reunido esta semana em Paris (França). O primeiro-ministro mostra-se também confiante de que a inscrição do cante alentejano na «prestigiada lista» permita que Portugal se reforce internacionalmente na divulgação da «riqueza e da diversidade da cultura portuguesa». A análise da candidatura portuguesa pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) demorou «poucos minutos», até ser aprovada, mas o processo representa «muitos anos de trabalho», destacou. Para o governante, a consagração a património cultural vai «contribuir para um maior conhecimento e salvaguarda desta expressão musical» e será um incentivo à sua divulgação, especialmente entre os mais jovens, refere.

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O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho manifestou hoje um «sentimento de orgulho» pelo reconhecimento do cante alentejano como Património Cultural Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).

Em comunicado enviado à agência Lusa, Pedro Passos Coelho partilha o «sentimento de orgulho pelo reconhecimento do cante alentejano» a património cultural e destaca que a consagração pela UNESCO é «a devida homenagem à grande comunidade do cante alentejano», especialmente aos seus intérpretes, «que o elevaram a uma arte vibrante e plenamente consagrada».

O comité aprovou a candidatura do cante alentejano e a sua inscrição na lista representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade.

Passos Coelho lembra que a distinção é o «esperado e merecido tributo» a uma das referências culturais que «melhor reflete a identidade e a história de uma comunidade e de uma região», assim como uma «forma de expressão musical única» que se pretende continuar a «valorizar e divulgar», agora com o estatuto reforçado de «legado mundial».

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«Após a inscrição do fado, em 2011, e da dieta mediterrânica, em 2013, na lista representativa do património cultural imaterial da humanidade, este é o terceiro elemento português ali inscrito, facto que nos deve encher a todos de orgulho», refere o documento.

Governo disponível para «ajudar a projetar» prática cultural

O secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, também se congratulou hoje com a classificação do cante alentejano como Património da Humanidade, pela UNESCO, realçando a disponibilidade do Governo para «ajudar a projetar» esta prática cultural.

«É um dia muito feliz para Portugal. O Governo está muito feliz por este trabalho conjunto que foi desenvolvido», disse à agência Lusa o governante que tutela a pasta da Cultura.

Segundo Barreto Xavier, o executivo «está disponível para ajudar a projetar, nacional e internacionalmente, o cante alentejano», inscrito agora na lista representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade.

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«O cante alentejano foi aprovado em “poucos minutos, mas foram muitos anos» de preparação, lembrou.

«Foi um trabalho desenvolvido intensamente por muitas entidades no Alentejo, que há que saudar», frisou Barreto Xavier, estendendo a saudação ao «conjunto dos grupos de cantadores» dos grupos corais alentejanos.

Homenagem a «um canto do povo»

Também o Presidente da República, Cavaco Silva, felicitou os grupos de cante alentejano distinguidos, salientando tratar-se de uma homenagem a um «canto do povo».

Em nota publicada no site oficial da Presidência da República, Cavaco Silva salienta que a cultura portuguesa é «colocada em destaque no panorama internacional», adiantando que se homenageia uma «arte que nasceu de uma tradição vernacular e rural, um canto do povo, que é tão belo como as planícies do Alentejo onde nasceu».

De acordo com a nota de Cavaco Silva, o cante alentejano traduz «os valores de um povo através das modas, poemas tradicionais cantados sem recurso a acompanhamento com instrumentos musicais».

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Desta forma, prossegue o Presidente da República é «essencial preservar esta poética e riqueza musical e assegurarmos a sua transmissão às próximas gerações», sublinhando que o cante é «a marca e um sinal de um povo», assim como «a expressão mais genuína e autêntica da sua identidade».

De acordo com a nota, em Portugal existem cerca de 150 grupos deste «canto da terra», que o Presidente da República quer felicitar com «especial alegria, juntamente com todos os que se dedicaram à elaboração e ao sucesso desta candidatura».

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