Perto de 100 farmácias de Setúbal, Coimbra, Viana do Castelo e Beja já começaram a dispensar medicamentos por receita eletrónica, sem necessidade de receita médica, dando cumprimento a um programa apresentado esta segunda-feira em Setúbal pelo ministro da Saúde.
Para o ministro Paulo Macedo, trata-se de um passo importante num programa, que já estava previsto, que deverá estar concluído em junho, e de um sistema mais seguro para o cidadão.
PUB
«É um sistema mais seguro para o cidadão, porque, por exemplo, tem duas ou três embalagens que lhe foram prescritas na mesma receita e vai-lhe permitir mobilidade de prescrição: pode levantar uma hoje e daqui a cinco dias uma outra noutra farmácia, o que até aqui não era possível.»
«O que queremos é chegar já aos 50% e depois caminhar para os 60%.»
E isto porque, referiu, com o aumento da venda de medicamentos genéricos as farmácias diminuíram a sua margem de lucro, pelo que ao contribuírem para o aumento da venda de genéricos e, consequentemente, com uma diminuição de custos para o Sistema Nacional de Saúde, o Estado incentivá-las-á com uma remuneração financeira.
Paulo Macedo sublinhou que são os cidadãos quem mais beneficia com a venda dos medicamentos genéricos.
A remuneração, que é calculada de acordo com uma fórmula, traduzir-se-á num ganho de 15 cêntimos por cada euro a mais de medicamentos genéricos vendidos, segundo explicou aos jornalistas o presidente da Associação Nacional das Farmácias (ANF), Paulo Duarte.
Para Paulo Duarte, a receita eletrónica trata-se de um «passo de gigante» já que permite aviar receitas apenas com o cartão de cidadão, mas também permite adquirir medicamentos com a receita do Sistema Nacional de Saúde a quem não dispõe deste cartão de identificação eletrónico.
PUB