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Crise: SNS deve receber mais crianças

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Sociedade de Pediatria estima que famílias comecem a cortar nas consultas médicas das crianças

A Sociedade Portuguesa de Pediatria (SPP) estima que as famílias comecem a cortar nas consultas médicas das crianças e alerta que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) deve preparar-se para um acréscimo destes utentes.

Questionada pela agência Lusa, a presidente da secção de pediatria social da SPP encara como provável que os pais, em maior aperto financeiro, apenas recorram ao pediatra em situações de doença aguda, «podendo comprometer as intervenções preventivas, que serão preteridas».

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«É expectável que aconteça [o corte das famílias], sobretudo nas consultas de pediatria em consultórios privados, que implica um dispêndio económico maior, comparativamente aos serviços do SNS», afirma Deolinda Barata.

A médica da SPP avisa que isto deve levar a que o SNS «se programe para acolher este provável acréscimo de utentes».

Refere ainda que o serviço público de saúde e todos os pediatras devem estar atentos «para que os indicadores de bem-estar na saúde conseguidos nos últimos 30 anos não se degradem».

«Nesta situação de crise financeira, o pediatra, como médico de um ser em desenvolvimento, deve relevar ainda mais a sua abordagem holística, pensando na criança e as suas circunstâncias, assim como os seus aspectos bio-psico-sociais», refere a médica da SPP.

Em Portugal existem cerca de mil pediatras, mas poucos trabalham nos centros de saúde. Nos que têm pediatra, a assistência é garantida por estes especialistas até aos 18 meses, e a partir desta idade pelos médicos de família.

Nos centros de saúde que não têm esta especialidade, são os médicos de família que prestam assistência a todos os menores.

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