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Joana: «Imagens manipuladas», diz advogado

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António Pragal Colaço, advogado dos inspectores da PJ, coloca possibilidade de «manipulação» das fotos das agressões

O advogado de quatro inspectores da PJ envolvidos num processo de alegadas agressões a Leonor Cipriano disse esta sexta-feira que as fotografias da mãe de Joana agredida são da era digital e insinua que pode ter havido manipulação das imagens, escreve a Lusa.

«São impressões de ficheiros em JPEG (imagem digital), não são impressões analógicas», sustentou António Pragal Colaço hoje de manhã na escadaria do Tribunal de Faro, momentos depois do julgamento de cinco inspectores e ex-inspectores da Polícia Judiciária (PJ) ter sido adiado para segunda-feira, devido à morte de um familiar de um dos três juízes de Direito que integra o tribunal de júri.

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Em declarações aos jornalistas, António Pragal Colaço sustentou que a «verdade processual é diferente da verdade de como as coisas se passaram» e argumentou ainda que nem sequer se podem estar a fazer «análises médicas a ficheiros e disquetes».

Na defesa dos inspectores, Pragal Colaço tinha intenções de mostrar um vídeo sobre a morte da princesa Diana de Gales, onde alegadamente se demonstra que depois de ter batido com a cabeça no banco do carro em que seguia ficou com ferimentos idênticos (olhos negros) aos de Leonor Cipriano.

Bodes expiatórios

Questionado acerca da eventual manipulação das fotografias tiradas a Leonor Cipriano no Estabelecimento Prisional de Odemira, o advogado de Gonçalo Amaral, por seu turno, afirmou que não lhe compete a si dizer se o foram, mas insinua que os arguidos são os «bodes expiatórios» neste processo.

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António Cabrita considerou que o avanço do processo das alegadas agressões pode ter acontecido propositadamente após o julgamento do tio e mãe de Joana, condenados por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

«Porque é que isto não veio a lume antes do julgamento em Portimão ter tido início?», questionou, acrescentando que possivelmente se esperou por uma decisão do tribunal «para fazer ou não avançar este processo».

Depois de lamentar que as datas das alegadas agressões dos inspectores a Leonor Cipriano não coincidam - «não se percebe se, afinal, é dia 13, 14 ou 15» -, Pragal Colaço sustentou que «não se está a julgar um bando de malfeitores», mas sim «pessoas que ajudaram a resolver os maiores crimes deste país», nomeadamente os casos do «gang do Multibanco», «gang da CREL», terrorista Abu Salem ou FP25.

O advogado de quatro dos cinco inspectores acusados admitiu ainda ser difícil montar uma estratégia processual de defesa com pessoas que são «arreigadas» e que têm uma «personalidade muito forte», como os seus constituintes.

O Tribunal de Faro adiou esta sexta-feira para segunda-feira, dia 27, o início do julgamento de cinco inspectores da PJ envolvidos no processo de alegadas agressões a Leonor Cipriano, no âmbito das investigações ao desaparecimento da própria filha, Joana Cipriano.

Tanto Leonor Cipriano como os cinco inspectores da Polícia Judiciária envolvidos no processo estavam já no Tribunal de Faro. Leonor Cipriano chegou por volta das 09:45, quarenta cinco minutos depois da hora marcada para o início do julgamento. À saída do tribunal, nenhum dos inspectores quis prestar declarações à comunicação social.

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