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Madeira: apreensão de heroína cresce 700 por cento

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Ao contrário do que acontece no Continente consumo desta droga cresce

As autoridades policiais na Madeira conseguiram retirar do mercado regional, em 2007, mais de 434 mil doses de diferentes drogas, em operações que resultaram na detenção de 120 pessoas, sendo «preocupante» o aumento do consumo de heroína.

O balanço do combate ao narcotráfico nesta Região Autónoma relativo a 2007 foi hoje apresentado no Funchal, em conferência de imprensa, que contou com a presença de representantes da Polícia Judiciária (PJ), Polícia de Segurança Pública, Polícia Marítima, Guarda Nacional Republicana, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e Direcção-Geral das Alfândegas.

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O coordenador da PJ no Funchal, Carlos Farinha, salientou que nas operações desenvolvidas foram apreendidas cerca de 204 mil doses individuais de haxixe, aproximadamente 91 mil de heroína e mais de 139 mil de cocaína.

A juntar a esta quantidade está a apreensão de duas toneladas de estupefacientes ao largo da Madeira, numa operação desencadeada em conjunto com a Marinha Portuguesa, que resultou ainda na detenção de três cidadãos gregos.

No conjunto das outras iniciativas, das 120 pessoas detidas, apenas quatro eram mulheres, sendo que os arguidos são na maior parte portugueses, estando envolvidos ainda indivíduos de outras 11 nacionalidades diferentes.

Oito mortes associadas à droga

O responsável da PJ na Madeira apontou que, no decorrer do ano passado, aconteceram oito mortes associadas à droga, duas das quais não foram situações de overdose. Numa caracterização ao fenómeno do tráfico de droga, Carlos Farinha destacou a «significativa presença de heroína», verificando-se um aumento de cerca de 700 por cento no total apreendido, acompanhado da baixa média etária de utilizadores deste tipo de droga, o que é «uma realidade preocupante». Salientou que esta situação contraria o que acontece «no Continente, onde a heroína está nitidamente em decréscimo». «Aqui há uma presença crescente e significativa», disse.

Adiantou que se verifica também uma «pressão da oferta sobre a procura, de quem trafica sobre quem faz pequeno tráfico», além de uma «frequente utilização do corpo como dissimulador do transporte de droga» e um aumento da criminalidade patrimonial associada.

Dos dados avançados no balanço constam, ainda, a apreensão de nove veículos e mais de 217 mil euros em dinheiro.

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