O interrogatório judicial dos 15 arguidos detidos no âmbito da Operação Aquiles inicia-se às 7:00 de quinta-feira no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), disse, à agência Lusa esta quarta-feira, um dos advogados de defesa.
Melo Alves, advogado de defesa do ex-coordenador reformado da PJ Carlos Dias Santos, adiantou à agência Lusa que o interrogatório judicial começa muito cedo, às 7:00, por forma a respeitar a norma legal que impõe que o detido deve ser ouvido por um juiz num prazo de 48 horas.
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O advogado tinha a expetativa de que o interrogatório iria começar ainda esta quarta-feira, com a identificação dos arguidos, mas tal não sucedeu, tendo o Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) marcado o início das diligências para a manhã de quinta-feira.
O processo envolve suspeitas de corrupção ativa e passiva, tráfico de droga agravado, associação criminosa e branqueamento de capitais, estando em causa alegados pagamentos de luvas por parte de narcotraficantes.
No âmbito da Operação Aquiles foram realizadas várias diligências, tendo sido efetuadas 120 buscas, domiciliárias e não domiciliárias, com a participação de quase duas centenas e meia de polícias. Os detidos têm idades entre 39 e 60 anos.
Entre os detidos estão dois elementos da própria Polícia Judiciária, o coordenador reformado da PJ Carlos Dias Santos e o inspetor-chefe da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes (UNCTE) Ricardo Macedo, assim como um cabo da GNR do destacamento de Torres Vedras.
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Carlos Dias Santos esteve 38 anos na PJ e pertenceu à Direcção Central de Investigação de Tráfico de Estupefacientes (DCITE) e à Direcção Central de Combate ao Banditismo (DCCB). O inspetor-chefe Ricardo Macedo, outro dos detidos, trabalhava na UNCTE.
A investigação está a cargo da Unidade Nacional de Combate à Corrupção em colaboração com a Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefaciente, num inquérito dirigido pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal.
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