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Desaparecidos: divulgação só deve ser feito com acordo da PJ

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Polícia avisa que integridade física da pessoa poderá ser posta em causa

A divulgação do desaparecimento de uma pessoa na Internet ou nos meios de comunicação social só deve ser feita com o consentimento da Polícia Judiciária (PJ), que analisa se a integridade física da vítima poderá ser posta em causa.

«Não se deve partir para a divulgação rápida de um desaparecimento, quando não se sabe se estamos perante um desaparecimento voluntário, um rapto ou um sequestro», disse à agência Lusa o director da Unidade de Informação de Investigação Criminal, da qual faz parte a Brigada de Investigação e Averiguação de Desaparecidos da PJ de Lisboa.

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Ramos Caniço adiantou que o primeiro passo consiste em fazer uma análise sobre se a divulgação vai «ajudar ou prejudicar a investigação».

«Mesmo em situações de desespero, sem se fazer primeiro uma avaliação do desaparecimento, não se deve fazer a divulgação», sustentou.

Isto porque, segundo o responsável, não se sabe se o desaparecimento é voluntário ou se o desaparecido foi vítima de um crime de rapto ou sequestro.

Se a pessoa desaparece «de modo próprio», os familiares devem utilizar todas as ferramentas que estão ao alcance para chamar a atenção para o desaparecimento.

Mas, caso contrário, se há suspeitas de que o desaparecido foi vítima de um crime de rapto ou sequestro, tal não deve ser conhecido, pois pode colocar em risco a sua integridade física, explicou.

«Em última análise, uma divulgação pode ser a diferença entre a vida e a morte do desaparecido», sublinhou.

O investigador sugere que os familiares comuniquem imediatamente à polícia o desaparecimento, que actua logo após o alerta.

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«Uma pessoa está desaparecida quando deixou de efectuar a sua rotina normal por um período de quatro horas», explicou.

Ramos Caniço chamou ainda a atenção para as notícias falsas de desaparecimentos que circulam pelo correio electrónico, lamentando que se «esteja a queimar um meio de transmissão vital e rápido como a Internet».

«Quando houver um caso verdadeiro e se fizer a divulgação pelo e-mail ninguém vai acreditar que aquela pessoa está desaparecida», disse.

Em média, uma pessoa é encontrada entre três a quatro dias após ter desaparecido. Se a polícia demorar mais tempo, já será muito complicado, rematou.

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