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Avanço do mar ameaça quatro mil casas

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Estudo de investigadora revela risco costeiro entre Esmoriz e Vagueira

Um estudo da investigadora da Universidade de Aveiro, Luísa Pinho, indica que existem cerca de 4 mil casas em risco devido ao avanço do mar entre as praias de Esmoriz e da Vagueira, anunciou a responsável à agência Lusa.

Luísa Pinho, que está a preparar um doutoramento sobre protecção do risco costeiro, fez um levantamento das habitações existentes nas áreas de risco definidas pelo Instituto da Água (INAG), identificando um total de 4 mil habitações, sem contar com outro tipo de edifícios.

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O levantamento teve por base um estudo sobre as áreas de risco efectuado pelo INAG e incidiu sobre as praias de Esmoriz, Cortegaça, Furadouro, Torreira, Barra, Costa Nova e Vagueira, abrangendo os concelhos de Ovar, Murtosa, Ílhavo e Vagos.

Em declarações à Lusa, a investigadora adiantou que é nas praias de Esmoriz e da Vagueira que a situação é mais preocupante porque «são as praias onde há mais casas demasiado próximas do mar».

Luísa Pinho reconhece que «há situações problemáticas do ponto de vista social e económico, pelo que terá de haver a remodelação das estruturas de defesa costeira», mas adianta que o problema não ficará resolvido.

«A solução é apostar num correcto ordenamento do território e na fiscalização para impedir o aparecimento de novas construções junto ao mar», disse à Lusa.

No caso de Esmoriz, a ameaça às defesas costeiras e o recuo da linha da costa, segundo Luísa Pinho, está a ser provocado pelo défice de sedimentos, que ficam retidos a montante, em consequência da construção de infra-estruturas portuárias (Leixões) e fluviais (barragens do Douro).

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Rupturas na muralha de defesa da costa provocadas pela maré forte de terça-feira levaram a que na quinta-feira a água chegasse a algumas casas na praia de Esmoriz, concelho de Ovar.

Segundo o presidente da junta de freguesia local, Alcides Alves, o avanço das águas atingiu cerca de duas dezenas de habitações.

O autarca reclama da tutela uma solução definitiva para os habitantes da praia de Esmoriz, a qual poderá passar pelo reforço da defesa da costa ou pelo realojamento das pessoas.

Os habitantes e as autoridades temiam o risco de a maré voltar a aproximar-se das casas com a preia-mar desta sexta-feira, mas tal não se verificou, disse hoje de manhã fonte dos Bombeiros Voluntários de Esmoriz, que já abandonaram o local.

Algumas pessoas das casas mais directamente ameaçadas foram aconselhadas a sair das habitações e passar a noite num hotel, providenciado pela autarquia, mas houve quem preferisse ficar.

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