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Miguel Cintra critica teatro em Portugal

Actor e encenador recebeu o Prémio Pessoa e disse o que estava mal

O actor e encenador Luís Miguel Cintra foi hoje particularmente crítico do modo de fazer teatro em Portugal, na sua intervenção no Museu Militar de Lisboa, ao receber o Prémio Pessoa, noticia a Lusa.

Presentes na cerimónia estiveram o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, o secretário de estado da Cultura, Mário Vieira de Carvalho, e Francisco Pinto Balsemão, presidente do júri e também da IMPRESA, proprietária do Expresso que, juntamente com a Unisys, instituiu o Prémio em 1987.

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O teatro hoje, disse Cintra, «tem de corresponder ao formato que convém», isto é, tem de «encaixar-se no espaço que os programadores previram que fosse inovação, e que é tantas vezes reduzido ao pequeno formato marginal».

Num longo discurso, o encenador afirmou que «o mercado está a ditar até a própria escrita teatral: procura-se inventar à força novos autores e novos textos para satisfazer o mercado, mas pede-se que, de preferência, sejam breves, exijam poucos cenários e poucos actores, já que o espaço previsto para a novidade não pode ser caro».

Lembrou, neste passo, todo o seu percurso artístico, sempre acompanhado «de camaradas e amigos», e referiu vários nomes que disse serem importantes para a sua carreira, como os cineastas Paulo rocha, Manoel de Oliveira e João César Monteiro, o maestro João Paulo Santos e os poetas Gastão Cruz e Ruy Cinatti.

Este Prémio, como fez questão de frisar, é partilhado com todos aqueles com quem tem trabalhado, nomadamente o «núcleo fixo pequeno» que é o Teatro da Cornucópia, por ele fundado com Jorge Silva Melo, que também lembrou no seu discurso.

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