«Se todos puderem ser excelentes, o que está errado é a definição de excelência», afirmou esta quinta-feira o secretário de Estado adjunto da Educação, Jorge Pedreira, justificando a fixação de quotas para a avaliação dos docentes.
Segundo noticia a Lusa, Jorge Pedreira respondeu assim às acusações tornadas públicas pela Federação Nacional de Professores (Fenprof), que diz que o sistema de quotas na avaliação dos professores, dependente da avaliação externa das escolas levada a cabo pela Inspecção-Geral da Educação, põe em causa o «reconhecimento do mérito absoluto» dos docentes.
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A atribuição da nota máxima às escolas nos cinco critérios em avaliação garante a possibilidade de classificar 10 por cento dos professores como «excelentes», e 25 por cento como «muito bons».
«Num sistema cuja cultura era a da indiferenciação, é necessário, quanto mais não seja provisoriamente, ter sistemas que forcem à diferenciação», disse o secretário de Estado.
A Fenprof acusa ainda o Ministério da Educação de querer fazer depender a avaliação dos professores de critérios meramente administrativos ao que o secretário de Estado contrapôs hoje que «a fixação das quotas representa um patamar de exigência para a avaliação».
Jorge Pedreira disse também que a única forma de assegurar a diferenciação é «ter percentagens máximas», sublinhando que «o mesmo aconteceu relativamente à função pública».
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