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Loures: trabalhadores protestam em frente à câmara

Queixam-se de falta de pagamento de serviços prestados em 2006

Dez trabalhadores de uma empresa de limpeza de espaços verdes estão desde as 08:30 concentrados junto à Câmara Municipal de Loures para protestar contra a falta de pagamento por parte da autarquia de serviços prestados em 2006.

Em declarações à agência Lusa, Jorge Soares, o director financeiro da empresa Proambiental, acusou a autarquia de não pagar os serviços de limpeza de espaços verdes prestados pela empresa no ano passado.

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«Os 25 funcionários cessaram os trabalhos em Outubro do ano passado», disse Jorge Soares, referindo que «os facturamentos foram feitos em Novembro e o prazo de vencimento em Janeiro».

De acordo com o responsável, a dívida é de cerca de 70 mil euros.

Os serviços de limpeza de espaços verdes foram adjudicados à empresa através de concurso público.

Jorge Soares adiantou que os responsáveis da autarquia têm alegado razões de natureza técnica e processual [factura com problemas de transição de ano, no respectivo processamento informático interno] para arrastar o pagamento da dívida.

«Já estivemos em negociações com a autarquia mas como a dívida continua por pagar decidimos avançar para esta acção extrema», explicou.

Jorge Soares adiantou à Lusa que o vereador do Ambiente da Câmara de Loures, João Galhardas, já esteve com os trabalhadores à porta da autarquia.

«O vereador do Ambiente disse-nos que o pagamento da dívida será feito no espaço de 30 a 40 dias, o que para nós é incomportável uma vez que há salários a pagar», salientou o responsável.

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Contactado pela agência Lusa, o vereador do Ambiente explicou que mandou há 15 dias iniciar o processo de pagamento da dívida, que deverá demorar pelo menos 30 dias a ser paga.

«Estou no pelouro há três semanas e quando cheguei deparei-me com essa factura», explicou João Galhardas, salientando que «esta não foi paga porque estava dependente de alguns problemas que foram surgindo».

O responsável disse que a empresa Proambiental foi contratada para limpeza de mata (104 hectares) através de um concurso público.

«A empresa comprometeu-se a fazer o serviço em 36 dias, o que não aconteceu», contou o vereador, frisando que «o trabalho de limpeza de mato era muito importante para a prevenção de fogos».

De acordo com o João Galhardas, o trabalho deveria ter ficado pronto antes de Agosto mas, em Outubro ainda só estavam limpos 68 dos 104 hectares.

Outro dos motivos apontados pelo responsável foi o derrube de um muro que depois os trabalhadores não queriam repor.

«O problema foi resolvido entretanto, mas todos estes problemas fizeram com que houvesse atrasos no pagamento», disse.

João Galhardas disse estar solidário com os trabalhadores, mas acusou a empresa de não ter tentado reunir com o vereador do Ambiente ou com o presidente da autarquia para resolver o problema.

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