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Consumo de drogas diminuiu entre os jovens

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Estudo, apresentado em Évora, conclui que houve um aumento «das prevalências de consumo ao longo da vida»

O número de portugueses que admite ter consumido droga pelo menos uma vez na vida aumentou de 7,8 para 12 por cento entre 2001 e 2007, mas diminuiu entre os mais jovens, revela um estudo apresentado esta sexta-feira, noticia a Lusa.

Os dados estão contidos no II Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoactivas na População Portuguesa (INPP), realizado em 2007, cujos primeiros resultados foram apresentados em Évora esta sexta-feira, permitindo traçar a evolução desde 2001, quando teve lugar o primeiro estudo do género.

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O estudo, apresentado por ocasião da inauguração do Centro de Respostas Integradas (CRI) de Évora do Instituto de Droga e Toxicodependência, na presença do secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro, teve como objectivo descrever a dimensão e as características do fenómeno do consumo lícito e ilícito de substâncias psicoactivas na população portuguesa entre os 15 e os 64 anos.

A investigação, que abrangeu uma amostra de 15 mil inquiridos, concluiu que, quanto à dimensão dos consumos de substâncias ilícitas, houve um «aumento das prevalências de consumo ao longo da vida»

Questionado pelos jornalistas, o secretário de Estado da Saúde explicou a subida como um «mero efeito estatístico», já que de 2001 para 2007 desapareceu do estudo «um grupo da população que tinha mais de 58 anos, em que o consumo era de zero por cento», tendo entrado «um grupo novo onde existe um consumo, apesar das melhorias, ainda na ordem dos 14 ou 16 por cento».

«Diminuição do consumo de drogas entre os mais jovens»

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Manuel Pizarro preferiu destacar que, tanto o INPP como o Inquérito Nacional em Meio Escolar - 2006 (INME), cujos resultados preliminares também foram divulgados esta sexta-feira na cidade alentejana, mostram que há uma «diminuição do consumo de drogas entre os mais jovens e a população em meio escolar, quer no terceiro ciclo, quer no secundário».

«É um resultado muito importante, que acompanha o que de melhor acontece pelo mundo fora. Ainda há países em que o consumo entre os mais jovens está a aumentar, mas no caso português é óbvio que está a diminuir e de forma acentuada, o que nos deixa muito satisfeitos», frisou.

O INPP refere que é nos grupos etários dos 15 aos 24 anos e dos 25 aos 34 anos que ocorrem as prevalências «acima da média», mas alerta que, quando se divide a primeira faixa etária em dois segmentos - 15-19 e 20-24 anos -, constata-se que, de 2001 para 2007, «no grupo dos mais jovens há um decréscimo das percentagens de consumidores», enquanto «no grupo dos mais velhos há um relevante acréscimo desses valores».

Para o secretário de Estado da Saúde, Portugal «atingiu uma fase de estabilização" no consumo de drogas e o que se espera, a partir de agora, é que, "com a diminuição do consumo dos mais jovens, se siga uma fase de diminuição no número global de consumidores».

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