O Governo Civil de Lisboa vai denunciar o contrato dos blindados adquiridos para a PSP, e cancelar a compra de quatro que ainda não chegaram a Portugal.
O caso pode acabar agora na barra dos tribunais. Contactado pela TSF, o proprietário e gestor da empresa fornecedora dos blindados, António Amaro, disse que ainda não foi informado desta resolução, mas deixou a garantia de que vai recorrer da decisão do Governo.
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Amaro queixou-se ainda da falta de diálogo com o Governo e afirmou que a decisão parece política. À TSF, o empresário lamentou ainda que o Executivo não tenha neste caso mostrado a flexibilidade que teve em relação a outros negócios.
A empresa que fornece as viaturas alega que o atraso se deve ao mau tempo, e que está enquadrado nas excepções previstas nos contratos.
Já o CDS-PP, que ontem à noite reagiu à notícia, quer explicações do ministro da Administração Interna.
O CDS considera que o Governo deve «uma justificação às forças de segurança e uma explicação aos contribuintes» em relação ao contrato de aquisição de quatro dos seis blindados da PSP.
A Associação Sindical dos Profissionais da PSP vai mais longe e exige a demissão de Rui Pereira. «Este processo é o resultado de alguma falta de competência e responsabilidade no tratamento das questões de segurança. Desde o início do ano que o MAI sabia os equipamentos que a polícia necessitava para fazer a segurança na cimeira da NATO, mas só em Setembro, e em alguns casos em Novembro, é que começou a apressar a aquisição de equipamentos».
Trinta dias após o prazo contratual entre a empresa que fornece os blindados e o Governo Civil, apenas chegaram a Lisboa dois dos 6 blindados. E mesmo assim já depois da cimeira da NATO.
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