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Polícias querem que profissão seja considerada de desgaste rápido

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Reivindicação consta das propostas da ASPP para minimizar os cortes salariais e que a Associação quer ver «atendidas com a maior brevidade»

A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) exigiu, esta quarta-feira, que os polícias passem a ser reconhecidos como profissão de desgaste rápido para poderem beneficiar de um regime especial de IRS.

Esta é uma das reivindicações que constam das propostas para minimizar os cortes salariais dos polícias enviadas, na terça-feira, ao Ministério da Administração Interna (MAI) e que ASPP quer ver «atendidas com a maior brevidade».

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A ASPP quer que o Governo consagre no estatuto profissional da PSP a profissão de desgaste rápido para efeitos de IRS.

Na base desta proposta está, segundo o presidente da ASPP/PSP, Paulo Rodrigues, um estudo feito recentemente e que concluiu que um polícia tem uma esperança média de vida 11 anos inferior à restante população.

Atualmente são consideradas profissões de desgaste rápido os desportistas profissionais, mineiros e pescadores.

Das propostas enviadas ao MAI, a ASPP exige também que o suplemento das forças e serviço de segurança seja integrado no ordenado e que a profissão de polícia seja considerada de risco.

Outras propostas da ASPP passam pela requalificação dos suplementos de comando e patrulha e atualização do suplemento do turno, além dos cônjuges voltarem a ser reintegrados no subsistema de saúde (SAD) da PSP e a garantia que em qualquer ponto do país os polícias têm acesso e direito às mesmas prestações de serviços de saúde uma vez que a contribuição para a SAD vai aumentar um por cento.

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O maior sindicato da PSP propõe ainda ao MAI que todos os profissionais da PSP devem ser colocados nas tabelas remuneratórias que entraram em vigor em 2010.

Paulo Rodrigues adiantou à Lusa que cerca de 3.000 polícias não foram ainda reintegrados nas novas tabelas, sublinhando que «não faz sentido começar a discutir o novo estatuto profissional sem que esta questão fique resolvida».

O presidente da ASPP explicou que as propostas enviadas ao MAI surgem no seguimento da abertura demonstrada pelo ministro Miguel Macedo em minimizar os cortes salariais dos polícias.

Na sexta-feira, Miguel Macedo vai reunir com os sindicatos da PSP, mas a ASPP, tal como aconteceu no último encontro, não vai participar na reunião se esta for em conjunto com todos os sindicatos.

Paulo Rodrigues disse que a ASPP quer «negociar e encontrar pontos de equilíbrio» com o Governo, mas defende reuniões individuais entre o ministro e os sindicatos.

«Independentemente de a ASPP estar ou não na reunião de sexta-feira com o ministro, queremos deixar o nosso contributo e manifestar abertura para discutir e encontrar soluções», afirmou, sublinhando que caso o ministro Miguel Macedo garanta que vai concretizar estas propostas, a ASPP não participa da manifestação agendada para 06 de março.

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