As forças policiais de Setúbal registaram dois assaltos à mão armada em estabelecimentos comerciais ao final da tarde de quarta-feira e o roubo da terceira caixa multibanco do Tribunal, em três anos, foi esta quinta-feira anunciado, refere a Lusa.
Segundo fonte da PSP, pouco depois das 17:00 de quarta-feira um grupo de três indivíduos com a cara tapada e munidos de armas de fogo assaltaram a cooperativa Pluricoop.
PUB
«Duas horas depois, cerca das 19:30, ocorreu outro assalto à mão armada, desta vez num estabelecimento de restauração na Avenida Soeiro Pereira Gomes», acrescentou a fonte, que não revelou o montante roubado nos dois assaltos à mão armada.
A caixa multibanco que se encontra no interior do tribunal de Setúbal também foi roubada durante a noite.
Segundo uma fonte do tribunal contactada, o roubo só terá sido detectado hoje de manhã quando o agente policial que presta serviço no tribunal se deparou com a porta arrombada e com a caixa multibanco destruída.
«Os assaltantes deixaram a caixa, que está pregada ao chão, e levaram apenas o dinheiro», acrescentou a fonte, adiantando que o tribunal não tem videovigilância e que os serviços de segurança funcionam apenas das 8:00 às 20:00.
O presidente do Tribunal de Setúbal classificou esta quinta-feira de «muitíssimo vulnerável em termos de segurança» o edifício que esta noite foi assaltado para roubarem o dinheiro da caixa de Multibanco, a terceira vez nos últimos três anos.
PUB
«É a terceira vez nos últimos três anos que o edifício do tribunal é assaltado. Não temos fechaduras nem portas de segurança. Desta vez os assaltantes arrombaram a caixa de Multibanco, supostamente com uma rebarbadora, mas nem sequer necessitaram de forçar fechaduras ou arrombar portas», contou o juiz Mário Coelho.
O primeiro assalto à maquina de Multibanco, colocada no átrio do edifício, ocorreu a 15 de Abril de 2006, o segundo em meados de 2008, depois de o tribunal ter ficado dois anos sem máquina ATM, e esta madrugada ocorreu o terceiro.
No entender do juiz-presidente, os assaltos ocorreram porque o tribunal «não dispõe de portas ou fechaduras de segurança, não tem videovigilância».
O tribunal já solicitou «diversas vezes» a resolução deste problema à Direcção-Geral da Administração de Justiça (DGAJ), que remeteu para o plano global de segurança a implementar em todos os tribunais do país.
Para Mário Coelho, «é urgente instalar um sistema de videovigilância, dotar o tribunal de segurança humana 24 horas, colocar portas e fechaduras de segurança».
PUB